Magazine Luíza e MRV; ações das varejistas e construtoras disparam após Copom
Mercado projeta redução do ciclo de altas da taxa de juros Selic pelo Copom
São José do Rio Preto, 5 de agosto de 2022, por Sérgio Carrieri – Magazine Luíza (MGLU3) e MRV (MRVE3) dispararam no pregão de ontem da Bolsa de Valores brasileira. Bem como seus pares do setor, como Via Varejo (VIIA3) e Cyrela (CYRE3), que também acompanharam o bom humor do mercado.
Dessa forma, o Diário Superpix vem trazer mais detalhes sobre a forte alta em algumas das ações no Ibovespa nesta quinta-feira. Sobretudo, pela indicação do Comitê de Política Monetária (Copom), de que diminuirá o ritmo de aumentos. Na quarta-feira (3), o comitê elevou a taxa de juros Selic em 0,5% chegando a 13,75% ao ano.

Além disso, o mercado financeiro entendeu que o alívio na curva de juros vai beneficiar as ações de crescimento. Ou seja, as construtoras, techs e varejistas que chegaram a disparar mais de 10% no pregão de ontem.
Magazine Luíza, Via Varejo, MRV e Cyrela dispararam no Ibovespa
As companhias de construção civil e varejo são bem mais sensíveis às variações da taxa de juros. São consideradas empresas que dependem de fluxos de caixas muito longos e quanto maiores os juros, mais suas ações são descontadas. Bem como estão associadas ao ciclo de crédito e do momento econômico atual.
Desse modo, por volta das 14h (horário de Brasília), a Magazine Luíza (MGLU3) chegou a subir mais de 14% com seus papéis valendo R$ 3,35. Outra gigante do setor, a Via Varejo (VIIA3), saltava 11,83% chegando a R$ 2,93. Apesar disso, às duas companhias ainda seguem em queda expressiva no acumulado do ano no Ibovespa.
Outro segmento que também se beneficiou do provável fim do ciclo de alta da Selic foi o de construção civil. Ainda mais que o acesso ao empréstimo imobiliário é imprescindível para a venda de novos imóveis. Por exemplo, no mesmo horário, a MRV (MRVE3) disparava 13,73% chegando á R$ 11,35, e a Cyrela (CYRE3) saltava 11,87%, a R$ 14,99.
O ciclo de alta da taxa de juros Selic está no fim?
Pelo bom humor registrado no movimento do Ibovespa nesta quinta-feira parece que sim. Os analistas de mercado enxergaram alguns sinais dados pelo Copom de que esse movimento de alta está chegando ao fim. Conforme o relatório apresentado pelo comitê, mesmo que se tenha a necessidade de novos aumentos, serão menores, por volta de 0,25%.
De acordo com artigo publicado no Portal InfoMoney de ontem, esse é o entendimento do chefe de economia do UBS BB, Alexandre de Ázara. Segundo ele, a avaliação é que o Brasil foi o primeiro grande mercado a subir os juros para conter a pressão inflacionária. E na visão geral do mercado, também será o primeiro a baixar.
É o que todos nós consumidores brasileiros, aguardamos que aconteça o mais rapidamente possível!