Poupança: pandemia da Covid-19 fez famílias no Japão, EUA e Europa guardarem mais dinheiro; confira
Dados do governo japonês foram divulgados nesta semana

São José dos Campos-SP, 2 de agosto de 2022, por Marcos Eduardo Carvalho – A Covid-19 fez com que muita gente mudasse os hábitos de consumo. Afinal de contas, a maior crise sanitária que se tem conhecimento gerou muita insegurança nas pessoas. E uma dessas consequências foi o aumento das poupanças familiares nos últimos dois anos.
Por exemplo, no Japão, entre os anos de 2020 e 2021, com a contaminação no auge, o aumento do volume da poupança das famílias japoneses foi de US$ 400 bilhões, cerca de R$ 2 bilhões. Consequentemente, representa cerca de 10% de todo o PIB (Produto Interno Bruto) do país asiático.
Os dados foram confirmados durante esta semana pelo escritório de gabinete do governo do Japão nesta terça-feira (2). Isso comprova que, por conta dessas incertezas, o aumento da poupança foi uma consequência. E o Diariosp vai falar um pouco mais sobre o assunto.
Fatores que influenciaram a poupança japonesa
Além da incerteza com o futuro, os japoneses também ficaram mais tempo em casa, confinados, sem poder sair. Afinal de contas, o distanciamento social foi essencial para evitar o aumento da curva de contágio da doença.
Consequentemente, com mais gente em casa, houve menos gasto e menos consumo com produtos na rua. Até porque shoppings, cinemas, teatros e outros eventos ficaram fechados no período. Então, foi uma oportunidade que muitos tiveram para guardar dinheiro.
Além disso, durante o período mais crítico da pandemia, muitas famílias receberam auxílio financeiro do governo japonês. Com isso e por não poderem sair de casa, aproveitaram o período para guardar mais dinheiro.
Desse modo, quando a crise passar e parece já estar passando, os japoneses terão mais dinheiro em caixa para investimentos futuros. E também vão ajudar no reaquecimento da economia local.

Outros casos pelo mundo
Mas o Japão não é um caso isolado e se reflete em outros lugares do mundo. Por exemplo, nos Estados Unidos, as aplicações em poupança tiveram aumento de cerca de US$ 2,6 trilhões, ou cerca de R$ 13 trilhões. Assim, também significa cerca de 11% do PIB da maior economia do mundo. O PIB é soma de todas as riquezas produzidas por uma nação.
Por fim, também se viu o mesmo procedimento na zona do Euro. Por lá, durante a pandemia da Covid-19, os europeus também trataram de fazer economia de dinheiro. Com isso, com, chegaram a poupar US$ 800 bilhões entre 2020 e 2021, cerca de R$ 4 trilhões no período. Isso representa 7% do PIB acumulado entre todos os países da zona do Euro.
Esses dados, porém, não valem para toda a Europa, apenas para os países que têm o Euro como moeda principal. Por exemplo, o Reino Unido, segunda maior economia do continente, usa a Libra e não entra nessa contabilidade levantada pelos demais países do bloco.