Câmara aprova PEC dos auxílios e impacto será de R$ 41,2 bilhões na economia
Aprovação foi uma vitória do governo de Jair Bolsonaro
São José dos Campos, 13 de julho de 2022, por Marcos Eduardo Carvalho – A Câmara dos Deputados aprovou, no início da noite desta quarta-feira (13), a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) dos auxílios. Isso, na prática, vai gerar um impacto de R$ 41 bilhões no orçamento até o final do ano.
Inicialmente, a votação estava marcada para a semana passada. No entanto, por falta de quórum, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), optou por adiar para esta terça-feira (12). Então, os parlamentares aprovaram a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) para 2023 e os destaques, como a PEC dos auxílios, ficou para esta terça.
Inclusive, um inesperado apagão no plenário da Câmara, ontem à noite, fez com que o restante da sessão continuasse nesta quarta. Inclusive, a PF (Polícia Federal) vai investigar o assunto. E o blog Diariosp fala um pouco mais sobre o assunto.
O que vem na PEC dos auxílios
Primeiramente, a aprovação da PEC é uma vitória pessoal do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), que tenta a reeleição. Isso porque ele criou essas gratificações e auxílios para ganhar apoio de parte da população. Consequentemente, terá mais força durante a campanha para tentar a reeleição.
Então, em segundo turno, os deputados aprovaram a PEC com ampla vantagem, onde foram 469 votos a favor e apenas 17 votos contrários.
Agora, o principal impacto será o Auxílio Brasil. Desse modo, até o final do ano, o programa de transferência de renda para subir de R$ 400 para R$ 600.
Além disso, o vale-gás, também destinado a famílias carentes com cadastro no CadÚnico, mais que dobrou, passando de R$ 53 para R$ 120.
Outra medida importante é o chamado auxílio-caminhoneiro, com valor de R$ 1.000 para ajuda de custos aos motoristas. Assim, a medida tenta minimizar alta do preço do diesel e tenta evitar possíveis movimentos grevistas dos caminhoneiros, ainda mais em ano eleitoral.

Depois, mais uma novidade é o auxílio-taxista, que prevê investimento em subsídio de até R$ 2 bilhões, também até o final deste ano.
Enquanto isso, a PEC traz mais subsídios, no caso para a produção de etanol no país, e ainda 100% de gratuidade para os idosos no transporte coletivo.
Por fim, o governo federal vai investir mais R$ 500 milhões no programa Alimenta Brasil, até o dia 31 de dezembro. Com isso, totaliza os R$ 41,2 bilhões em gastos.
Estado de emergência
Para conseguir aprovação desses valores, o Congresso também precisou reconhecer o chamado estado de emergência no Brasil. Isso por conta do aumento dos preços dos combustíveis nos últimos meses.
Agora, a intenção do governo Bolsonaro é começar a fazer essas medidas o mais cedo possível. Por exemplo, a ideia é que a primeira parcela de R$ 600 do Auxílio Brasil já passe a valer em agosto.