Condôminos do prédio incendiado em SP autorizam demolição
Região está interditada desde domingo por risco de colapso
São José dos Campos, 14 de julho de 2022, por Marcos Eduardo Carvalho – Condôminos do prédio de 10 andares que pegou fogo no centro de São Paulo na noite do domingo (10) autorizaram a demolição do mesmo. Isso porque o imóvel corre risco de desabamento e a prefeitura defendeu a implosão do mesmo.
Entretanto, como o prédio é um imóvel particular, a administração pública iria precisar de uma autorização da Justiça. Contudo, como os comerciantes e condôminos do prédio autorizaram a demolição durante uma assembleia extraordinária, essa ação não será necessária.
Agora, o grande temor é um colapso do prédio e um desabamento repentino, colocando em xeque a segurança das pessoas nas proximidades. Até por isso, a rua Barão de Duprat, onde fica o prédio, segue interditada. E o Diario Sp vai falar um pouco mais sobre o assunto.
Sem permissão para entrar no prédio
Além disso, os bombeiros já não podem mais entrar no interior do prédio, justamente por conta dessa possibilidade de colapso. Inclusive, a corporação informou que extinguiu o fogo na manhã desta quarta-feira (13). Agora, existem apenas os rescaldos e um perigo quase inexistente de o fogo recomeçar.
Por isso, um caminhão do Corpo de Bombeiros segue na rua e os profissionais monitoram o local. Embora o prefeito Ricardo Nunes (MDB) defendesse inicialmente a implosão, isso não vai acontecer. Apenas a demolição convencional.
No caso de uma implosão, os gastos seriam maiores e também precisaria de um trabalho mais elaborado de engenharia. A prefeitura já realizou esses procedimentos em outras ocasiões, como no incêndio do prédio da Cesp, em 1987, na Avenida Paulista.
O secretário municipal de Infraestrutura e Obras da prefeitura de São Paulo, Marcos Monteiro, disse que o cenário ideal é uma demolição mecânica. Até pela dificuldade em se colocar explosivos dentro do prédio.

Prejuízo no incêndio
No total, o incêndio que começou no prédio de dez andares na rua Barão de Duprat atingiu o total de cinco imóveis na região. Com isso, diversos comerciantes ainda não contabilizaram o prejuízo com as perdas no local.
Por exemplo, uma loja de brinquedos, a Matsumoto, de, um andar, ficou totalmente destruída pelo fogo e desabou. Assim, o prejuízo foi total.
No entanto, quem também sofreu foi a Igreja Ortodoxa, construída em 1904. Ela teve 80% de suas dependências também destruída pelo fogo. Além disso, perdeu documentos importantes e históricos, que contavam um pouco da história da religião no Brasil.
Enquanto isso, os demais comerciantes da rua e das redondezas também seguem sem poder trabalhar, pois, a região está interditada. Inclusive a região da rua 25 de março, principal comércio popular de São Paulo.
Por lá, passam consumidores e pequenos comerciantes de várias partes do país para fazer compras de produtos a preços mais baratos. Agora, o movimento foi prejudicado.