Cresce o número de famílias endividadas no Distrito Federal e especialista diz que situação pode piorar; entenda
Manter as contas em dia tem sido um desafio para as família brasilienses

Goiânia, 18 de julho de 2022, por Mário Lobo – Um dado preocupante sobre as famílias endividadas acaba de ser divulgado: o número de endividamento no Distrito Federal voltou a subir. Em termos gerais, isso significa que as pessoas estão tendo mais dificuldade para pagar as suas contas dentro do mês de vencimento. Trata-se de um problema grave, pois impacta diretamente na qualidade de vida das pessoas. Além disso, possui relação direta com a economia pois a pessoa endividada certamente diminuirá (ou cessará) o consumo de bens e serviços.
O que a experiência nos mostra é que a maioria das famílias endividadas evitam gastar dinheiro e concentram o que tem nas contas indispensáveis. Sendo assim, elas utilizam os recursos em contas como água, energia e moradia. O restante acaba deixando sem assistência porque os recursos não são suficientes. Ou seja, as famílias que estão sofrendo com dívidas muitas vezes optam por viver com o mínimo necessário para sobreviver. Isso derruba a qualidade de vida e faz com que sofram mais com as consequências do endividamento. Saiba mais aqui no Diário Sp.
Números das famílias endividadas e inadimplentes no DF
O estudo que mostra o problema das famílias endividadas no DF são oriundos de uma pesquisa feita pela Confederação Nacional do Comércio. De acordo com os dados obtidos em junho o nível de endividamento das famílias ficou em 81,6%. Esse número é 0,1% maior que o de maio, quando a taxa era de 81,5%. Isso significa algo preocupante, que é a incapacidade imediata de honrar com os compromissos assumidos.

Por outro lado, um dado significativo surgiu nessa pesquisa. sobre famílias endividadas no Distrito Federal. Trata-se da inadimplência, que faz referência às contas atrasadas há mais de 1 mês. Nesse quesito houve regressão entre as famílias do DF. Os dados indicam que houve uma redução de 25,5% para 24,9%. Algo animador, já que normalmente o que se espera é que aconteça um aumento na inadimplência à medida que o endividamento cresce também. E ao menos não é isso o que esse recorte indica nesse momento.
O endividamento ainda deve aumentar
Mas a notícia no geral não é boa para a economia do DF. De acordo com a coordenadora da pesquisa, a economista Izis Ferreira, a tendência é que a inadimplência cresça à medida que o endividamento também cresce. Para explicar, ela indica uma curva ascendente nesse quesito desde a pandemia. É uma relação quase de ação e reação, como se uma coisa fosse consequência da outra. Mas será realmente inevitável que isso aconteça?
Possivelmente será, já que estamos falando sobre um cenário desafiador para a economia. A inflação está engolindo a renda das pessoas e minimizando seu poder de compra. Portanto, as dívidas são uma consequência quase inevitável. Sendo assim, é possível esperar que a maioria das famílias endividadas no Distrito Federal também se tornem famílias inadimplentes. Um problema que infelizmente não tem solução fácil.