São Paulo tem quase 4.000 crianças em situação de rua; diz censo da prefeitura
Dados são de pesquisa que voltou a ser realizada após 15 anos na cidade
São José dos Campos, 31 de julho de 2022, por Marcos Eduardo Carvalho – A cidade de São Paulo tem quase 4.000 crianças e adolescentes entre 0 e 17 anos em situação de rua. Assim, na prática, são 3.759 em números exatos. Os dados foram divulgados por uma pesquisa da prefeitura de São Paulo.
Aliás, segundo a prefeitura, a cidade ficou 15 anos sem nenhum levantamento do tipo. Agora, já se sabe o número exato de crianças em situação de rua na Capital Paulista. Essa pesquisa aconteceu em maio e os dados foram divulgados nesta semana.
Atualmente, esses jovens usam as ruas para dormir, cometer atos ilícitos, consumir drogas e também estão em situação de vulnerabilidade social. E o Diario Sp falará um pouco mais sobre o assunto.
Crianças em situação de rua preocupa autoridades
Segundo a prefeitura de São Paulo, essas crianças e adolescentes que vivem nesta situação recebem acolhimento do poder público. Desse modo, os serviços de rede socioassistencial buscam ajudar os jovens de alguma forma.
No entanto, muitos não aceitam e preferem até ficar nas ruas, sem estudo e sem nenhum tipo de amparo. Isso porque a maioria deles vem de famílias desestruturadas e não recebem o apoio de quem deveria.
Outro dado importante da pesquisa mostra que 2.749 desses jovens buscam, nas ruas, algum tipo de sobrevivência. Ou seja, a maioria está lá em busca de alguma fonte de renda, seja pedindo dinheiro, fazendo algum trabalho informal ou realizando pequenos furtos.

Assim, essas crianças e adolescentes representam 73,1% do total. Outros 401 deles pernoitam nas ruas, enquanto 609 acabam acolhidos pelo Sica (Serviços de Acolhimento Institucional para Crianças e Adolescentes).
Maioria vive na região central
Ainda de acordo com o levantamento da prefeitura, a maioria dos jovens em situação de vulnerabilidade fica na região central de São Paulo. Então, as praças da República, Sé e Santa Cecília concentram os maiores casos, com 309, 202 e 196 deles, respectivamente.
Inclusive, essa região também é onde se tem os maiores índices de reclamação de roubos e furto. Assim, gera insegurança nos moradores e também nos visitantes da Capital.
Do total de jovens que ficam nas ruas, a maioria é do sexo masculino. Desse modo, são 2.227meninos, o que corresponde a 59,2%. Enquanto isso, as meninas representam 38,7%, ou 1.453. Outros 79 jovens, ou 2,1% deles, não souberam ou não quiseram responder.
Quanto à idade, a maioria tem entre 12 e 17 anos, correspondendo a 1.585 pessoas, ou 42% do total. Depois, as crianças de até 6 anos são 1.151 (30,6%). Em seguida, aparecem as de 7 a 11 anos, com 1.017 do total, ou 27,1%.
Por fim, a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social foi a responsável pelo censo. Assim, espera aprimorar políticas públicas para minimizar os problemas de crianças de rua.