Nova Mutum, 21 de fevereiro de 2025 – A greve dos auditores fiscais da Receita Federal, iniciada em 26 de novembro de 2024, tem gerado efeitos significativos na economia brasileira, especialmente no comércio exterior e na arrecadação tributária.
Contexto e Motivações da Greve
A paralisação foi deflagrada após a categoria reivindicar reajustes salariais que compensassem as perdas inflacionárias acumuladas desde 2016, estimadas em mais de 50%. A União Nacional dos Auditores Fiscais (Unafisco) criticou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apontando-o como “corresponsável” pela greve, devido à priorização de outras áreas e ao tratamento desigual em relação a reajustes salariais. Enquanto a Procuradoria da Fazenda Nacional recebeu um aumento de 19% para os próximos dois anos, os auditores fiscais mantiveram seus vencimentos básicos congelados.
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Impactos na Economia e no Comércio Exterior
A greve tem causado atrasos significativos na liberação de mercadorias em portos e aeroportos, com mais de 500 mil remessas de importação e exportação retidas e atrasos de até 30 dias em locais como Guarulhos e Viracopos. Setores como farmacêutico, automotivo e agronegócio estão entre os mais afetados. Além disso, a arrecadação federal enfrenta entraves, com R$ 15 bilhões em transações tributárias pendentes desde 2024 e interrupções nos julgamentos do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), que envolvem R$ 51 bilhões em disputas fiscais.
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Posições Oficiais e Negociações
O Ministério da Gestão e Inovação afirmou que um acordo foi estabelecido em fevereiro de 2024, incluindo a regulamentação de um bônus que elevou a remuneração total para até R$ 42,7 mil nos cargos de topo da carreira. No entanto, o Sindifisco Nacional alega que as negociações estão “travadas” e que a greve continua sem previsão de término. O novo presidente do sindicato, Dão Real, enfatizou a necessidade de uma solução rápida para evitar maiores prejuízos econômicos.
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Opinião do Jornalista
Olha, essa situação tá complicada demais. Os auditores têm suas razões, afinal, ninguém gosta de ver o salário congelado enquanto outros recebem aumentos. Mas, por outro lado, a economia tá sentindo o baque. Mercadoria parada, prejuízo bilionário… Quem paga o pato no fim das contas é sempre o povo. Tá na hora do governo e dos auditores sentarem e resolverem isso logo, antes que a coisa piore ainda mais.
Jornalista Boris Mendes
Para entender melhor os impactos dessa greve, confira o vídeo abaixo:









