Belo Horizonte, segunda-feira, 07 de novembro de 2022, por Saulo Teixeira Rosa – Nos bons tempos, a maioria das atividades arriscadas perde dinheiro, muitas vezes a preços absurdamente altos, e quando chega uma crise, a festa acaba. Atualmente, há uma tendência nos mercados conhecida como “fuga para a qualidade”, com a valorização das atividades de menor risco, que inclui investir em ouro.
Não é universalmente verdade que as moedas dos mercados emergentes, que são as que estão mais atrasadas, estão sofrendo agora, enquanto moedas fortes como o dólar, a franco suíço ou mesmo o iene tendem a se valorizar. Mas e o Ouro? Para saber mais, acompanhe esta matéria do nosso Blog.
O Ouro e sua capacidade de proteção nas crises globais
Sem dúvida, muitos investidores usam o ouro como meio de proteção contra crises. Afinal, o ouro é um recurso escasso que vem sendo usado há séculos. A análise de crises passadas revela que o uso do ouro foi uma atividade atípica que forneceu proteção durante esses tempos.
O mercado gosta de usar a conhecida crise das hipotecas subprime americana como exemplo. Enquanto o S&P 500 caiu 32% entre 2007 e 2009, o dólar valorizou 35%. Essa dissociação é crucial para proteger o cartão em situações de colapso do mercado.
Não apenas durante a crise financeira de 2008 a joia ofereceu proteção. Outros momentos de turbulência, como a bolha da Internet no ano 2000, a Eurocrise em 2011 e a própria bolha Covid em 2020, não tiveram relação com o American Stock Index.
Vale a pena comprar Ouro para se proteger?
Apesar dos resultados acima, a resposta à pergunta “Vale a pena comprar Ouro para se proteger?” é: depende. Na verdade, ao longo de várias crises anteriores, o Ouro se comportou de forma desvinculada e deu proteção ao investidor.
No entanto, essas crises foram provocadas por picos de preços ou estrangulamentos que tiveram um efeito deflacionário. Quando uma crise resulta de um processo inflacionário, a resposta de Ouro costuma ser diferente. Embora teoricamente uma oferta limitada deva beneficiar o Ouro em um ambiente inflacionário, a realidade é bem diferente. Esse fenômeno não é causado diretamente pela inflação, mas sim por um de seus desdobramentos, o aumento das taxas de juros.
Um fator que empurra o preço do metal para baixo é o fato de que o aumento da inflação quase sempre ocorre após o aumento do imposto. Podemos ver isso acontecendo no início da década de 1980, quando o aumento da inflação levou o presidente do Federal Reserve na época a aumentar a taxa de imposto para 20% ao ano.
O Ouro teve bom desempenho no início do processo inflacionário, mas acabou perdendo todos os seus ganhos no período seguinte. Entre janeiro de 1980 e o final de 1981, o valor do ouro diminuiu 29%.
Como o metal se comporta em períodos de Inflação?
O Ouro teve bom desempenho no início do processo inflacionário, mas perdeu todos os seus ganhos no período que se seguiu. O valor do ouro diminuiu 29% de janeiro de 1980 a dezembro de 1981. O valor do ouro diminuiu 29% de janeiro de 1980 a dezembro de 1981.
Esta crise atual não foi diferente. O dólar inicialmente apresentou retornos positivos no início do ano, mas quando ficou clara a necessidade do Federal Reserve de aumentar os juros para controlar a inflação, o dólar começou a cair junto com os mercados.
Assim, o mercado não acredita que o metal seja sempre uma atividade relacionada à crise. Na opinião dos analistas, o processo inflacionário americano ainda está longe de ter uma solução conclusiva, por isso não acreditamos que este seja um bom momento para comprar ou aumentar a exposição ao Ouro. Portanto, para confirmar as informações acima mencionadas, você pode conferir esta matéria produzida pela equipe de analistas do BTG Pactual em 19/08, clicando aqui.
Desse modo, entender como funcionam os ativos em tempos de bonança e crise é fundamental para proteção do nosso patrimônio. Portanto, conhece como funciona a volatilidade do Ouro é muito importante para qualquer investidor hoje. Por ora, se você gostou deste conteúdo produzido pelo site Diário Superpix, deixe comentário para que possamos nos interagir. Em suma, é isso! Até a próxima!
