A segurança dos fieis que vão a pé à Basílica Nacional de Aparecida, no Vale do Paraíba, virou alvo de recomendação do MPF (Ministério Público Federal). Isso porque o órgão pediu à ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) que adote novas medidas e aperfeiçoamento dos trajetos.
Atualmente, milhares de romeiros saem de suas cidades, em diversas regiões, e percorrem a pé na Rodovia Presidente Dutra o techo que vai até à Basília Nacional. No entanto, a falta de segurança é recorrente, com muitos ficando próximos dos carros.
Anualmente, centenas de atropelamentos, muitos deles fatais, são registrados na região. Muitos deles andam tanto no acostamento quanto nas faixas de rolamento, o que aumenta os riscos e contribui para o aumento dos acidentes.
MPF cobra programa para idas à Basílica

Na prática, o MPF cobra ANTT que aperfeiçoe a segurança dessas pessoas que vão à pé para Aparecida, criando passagens consideradas mais seguras para os peregrinos. Inclusive, a ideia é que se criem caminhos em áreas contíguas da rodovia.
Com isso, iria separar os romeiros, que vão à pé, dos carros, que estão muitas vezes em altas velocidades. Isso vale, inclusive, para lugares de pontes e acostamentos, por exemplo, onde acontecem muitos dos acidentes.
No caso, o MPF quer que a ANTT cobre da empresa concessionária da rodovia um projeto com essas considerações. Aliás, outras entidades diretamente ligadas ao trânsito também participaram da elaboração dessas recomendações.
Por exemplo, é o caso da PRF (Polícia Rodoviária Federal), Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) e a própria Basílica, além das prefeituras das cidades cortadas pela rodovia.
A procuradora da República Ana Carolina Haliuc Bragança, autora da recomendação, ainda falou sobre o direito de ter a liberdade de culto. E isso passa também pela segurança dos peregrinos e romeiros.
A peregrinação à Basílica de Nossa Senhora Aparecida caracteriza-se como manifestação de religião e crença, bem como manifestação cultural-religiosa no contexto da fé católica, uma das formadoras da sociedade nacional
ANTT tem um mês para responder
Ainda de acordo com o MPT, a ANTT tem prazo de até 30 dias para responder ao questionamento e dizer o que irá fazer em termos de providências. Nem que sejam soluções provisórias, garantindo a segurança de todos que vão à Basílica.
Inclusive, a região está a dois meses do feriado de Nossa Senhora Aparecida, a Padroeira do Brasil. Neste período, o volume de romeiros que vai à Basílica Nacional aumenta e os riscos nas estradas também crescem.








