O Hospital Regional de São José dos Campos iniciou nesta sexta-feira (4) a captação de órgãos que irá salvar dez vidas. Além disso, esse foi o primeiro trabalho do tipo em 2025 no local. Assim, novos casos deverão ocorrer durante o ano.
Segundo informações divulgadas pelo hospital, a captação dos órgãos se iniciou por volta das 10h30 da manhã desta sexta. E um rapaz que teve morte encefálica doará oito órgão. Assim, também mostra a importância da conscientização sobre a doação, que poderá salvar diversas vidas.
Neste caso específico, a doação será do coração, os dois rins, duas córneas e os pulmões. Por isso, no total irá salvar dez vidas, já que os rins, as córneas e os pulmões serão divididos entre dos receptores diferentes.
Captação dos órgãos precisa ser rápida

Além da doação, é necessário também ser ágil na hora da captação. Por exemplo, no caso do coração, um helicóptero Águia da Polícia Militar ficou de prontidão no heliponto do hospital.
Isso porque esse órgão precisa chegar ao outro paciente em até quatro horas. Caso contrário, se tornará inutilizável. No entanto, o hospital não pode informar a pessoa que irá receber e nem mesmo para onde o órgão retirado foi levado.
E, no caso específico deste jovem que morreu, a família teve todo o acolhimento necessário no hospital. Apesar da dor e do choque, ainda mais por ser um rapaz novo, a família resolver fazer essa doação. Na prática, mesmo com uma vida que se perdeu, outras dez vão se salvar. Por isso, há toda uma mobilização das equipes especializadas no Hospital Regional de São José dos Campos.
Balanço das doações em São José
No total, o hospital Regional de São José tem um histórico de sete anos de captação de órgãos dos pacientes. Desde então, já conseguiu doar 440 córneas, 60 rins, 19 fígados e oito pulmões. No total, foram 549 captações na cidade, ajudando, assim, mais de 500 novas pessoas que precisam de um órgão saudável para sobreviver.
Segundo os médicos, há todo um protocolo específico a seguir nestes casos. Por exemplo, quando se constata a morte encefálica de um paciente, primeiro há o contato com a família. E, depois de realizar todos os procedimentos que comprovem que não terá mais jeito, sugerem a doação dos órgãos. Isso sem contar o acolhimento dos familiares. Por fim, se realizam dois exames clínicos e o teste de apneia antes de desligar a sedação e os aparelhos. Apenas depois disso se faz a captação dos órgãos para outros pacientes.








