Clientes de uma clínica de estética no bairro dos Jardins, em São Paulo, alegam prejuízos que passam dos R$ 5.000. Isso porque a empresa fechou as portas de forma inesperada e deixou essas mulheres na mão.
Na prática, cerca de 50 clientes que haviam fechado pacotes e pago com antecedência, ficaram sem o serviço. Agora, lutam na Justiça e no Procon (órgão de defesa do consumidor) para tentarem reaver o dinheiro que perderam com a clínica de estética.
Essa clínica funcionava na rua Pamplona, no bairro que é um dos mais valorizados da cidade. Além disso, tinha muitas propagandas nas redes sociais e apostava em anúncios com influenciadores digitais conhecidos, para dar mais credibilidade ao trabalho.
Clientes fizeram B.O. contra clínica de estática

Para tentar reaver o dinheiro perdido com a clínica, muitas clientes registraram um B.O. (Boletim de Ocorrência) na Polícia Civil. Em entrevista ao portal de notícias g1, a publicitária Paula Granette relatou que pagou R$ 5.300 para um pacote de um ano e meio.
Porém, usou apenas seis meses, até que o espaço fechasse sem avisar. Ela também foi a responsável por criar um grupo na internet e reunir as vítimas do caso, que é considerado estelionato.
A clínica, que ficava na Rua Pamplona, investia em propaganda nas redes sociais, com diferentes influenciadores.
Eu acho que ela [a proprietária] estava com tudo muito bem premeditado antes de fechar, não foi uma situação inóspita em que ela teve que fechar por algum problema. Até porque teve uma diferença: para a gente, ela falou que estava em obra, para as funcionárias, falou que teve um problema no banco, por isso que não conseguia fazer o pagamento. Para cada uma ela ia contando uma história diferente
Inclusive, algumas clientes ainda fizeram o boletim apenas depois, após não acreditarem no fechamento do local. E só, de fato, acreditaram, quando viram um caminhão de mudança tirando os equipamentos que estavam lá dentro.
Espaço funcionava há 10 anos
Essa clínica de estética nos Jardins funcionava no mesmo local há dez anos, o que aumentava a confiabilidade no trabalho. No entanto, segundo a prefeitura da capital, não havia alvará de funcionamento e também não tinha nenhuma solicitação de licenciamento sanitário.
Em nota enviada ao g1, a dona da clínica admitiu dificuldades financeiras. No entanto, negou que tenha praticado golpe. E, ainda, disse que tinha o licenciamento adequado para funcionar.
Nattasha Viassone apenas disse que “lamenta profundamente qualquer impacto negativo causado aos clientes” e que buscou investimentos para continuar com a clínica, mas sem sucesso. E ainda disse que nunca teve prática ilegal, além de buscar medidas cabíveis contra as denúncias das clientes.








