Dahesly Oliveira Pires, de 25 anos, moradora de Diadema, na Grande São Paulo, foi presa na madrugada desta quinta-feira (18) sob acusação de participar da emboscada e assassinato do ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes, no último dia 15. O crime aconteceu em Praia Grande no litoral do estado, onde ele morava e atualmente era secretário de administração.
Agora, a Justiça decretou a prisão temporária de Dahesly por conta do pedido dos investigadores. Segundo a polícia, ela é suspeita de tráfico de drogas e teria ido para a Baixada Santista para buscar um fuzil que teria sido utilizado no assassinato. Por enquanto, a defesa dela ainda não se manifestou.
Ainda de acordo com a investigação, ela teria ido para Praia Grande em um carro de aplicativo para buscar um ‘pacote’. E, segundo a polícia, neste pacote estaria uma das armas utilizadas.
Dahesly diz que homem a acionou

Em depoimento dado aos investigadores do DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa), Dahesly afirmou que um homem a contatou para ir até Praia Grande retirar esse pacote. No entanto, mesmo recebendo pelo serviço, ela disse que não sabia do que se tratava, tanto o produto quando a origem.
Após esse depoimento, ela foi levada ao IML (Instituto Médico Legal), onde teve que realizar exame de corpo de delito, como parte do protocolo. Em seguida, já deixou o DHPP algemada e foi levada para o 6ª DP (Distrito Policial) de Cambuci, que fica na região central de São Paulo.
Então, a suspeita de envolvimento no assassinato do ex-delegado passou a noite no local. O depoimento dela começou por volta das 17h30 desta última quarta, dia 17, mas sem algemas e com muita escolta da Polícia Civil.
Depois, Guilherme Derrite, secretário de Segurança Pública do estado de São Paulo, anunciou em suas redes sociais que Dahesly estava presa. Um dos indícios da participação da mulher é que a polícia encontrou fotos desse fuzil no telefone celular dela.
Dois homens têm prisão decretada
Além de Dahesly, que segue presa, outros dois homens tiveram prisão decretada por participarem do crime no dia 15. O entanto, eles ainda seguem foragidos e não foram encontrados pela polícia. Mas, a polícia também já cumpriu oito mandados de busca e apreensão em São Paulo e Região Metropolitana.
A principal linha de investigação para o crime é um ato de vingança do PCC (Primeiro Comando da Capital), grupo criminoso que comanda os presídios em São Paulo. Como o ex-delegado foi sempre muito combativo quanto ao crime organizado, teria agora recebido essa represália.








