Os drones voltaram a interromper o tráfego aéreo no aeroporto internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo. Desta vez, o problema ocorreu na noite do último sábado, afetando pousos e decolagens.
Inclusive, essa é a segunda vez em 15 dias que os drones criam problemas no aeroporto mais movimentado da América Latina. Na primeira vez, o impacto foi ainda maior, já que muitos passageiros precisaram ser realocados em hotéis da região para embarcarem no dia seguinte.
Da outra vez, o espaço aéreo local ficou paralisado por 45 minutos. E foi o suficiente para cancelar seis voos e atrasar outros 35, o que gerou grande transtorno para os passageiros.
Companhias confirmam atrasos por drones

A empresa concessionaria GRU Airport, que administra o aeroporto de Guarulhos, ainda não confirmou quanto tempo de atraso e paralisação teve no final de semana por conta dos drones. Mas, ao menos duas companhias aéreas foram afetadas.
Na oportunidade, a Gol disse que um voo atrasou 31 minutos para decolar por conta dos objetos. Enquanto isso, a Latam disse que 34 dos seus voos sofreram impacto.
Inclusive, emitiu uma nota à imprensa onde diz lamentar esse problema. E destacou que a segurança e a integridade dos passageiros e tripulantes sempre será a prioridade da empresa.
Para tentar identificar os drones, um helicóptero sobrevoou a área à noite. No entanto, já não conseguiu mais encontrar os itens que atrasaram os voos no aeroporto que fica na região de Cumbica, na Grande São Paulo.
Atualmente, São Paulo tem dois aeroportos, sendo um em Congonhas, dentro da cidade e o de Cumbica, que fica na cidade vizinha e é internacional. O de Congonhas faz apenas voos nacionais, embora seja um dos mais movimentados do país.
Suspeita de envolvimento com o tráfico de drogas
As autoridades policiais suspeitam que os drones que atrapalham a atuação do aeroporto de Guarulhos sejam ligados ao tráfico de drogas na região.
Na ocorrência anterior, ainda há uma investigação em andamento por parte da polícia. Isso porque traficantes tentavam levar 55 quilos de cocaína em três pacotes.
Segundo o Decea (Departamento de Controle do Espaço Aéreo), órgão ligado à Força Aérea Brasileira, se registrou 29 casos de drones no espaço aéreo brasileiro até o dia 13 de junho deste ano. Destes, 27 deles foram no estado de São Paulo.
Para efeito de comparação, durante o ano de 2024, o país teve 44 registros do tipo. E, em 2023, foram 51 drones avistados no espaço aéreo em todo o país.








