A Embraer, com sede em São José dos Campos, recebeu pedido firme de compra de 50 unidades do jato E195-E2, da empresa Avelo Airlines, dos Estados Unidos. Desta maneira, o valor previsto para esta encomenda chega aos US$ 4,4 bilhões, ou seja, pouco mais de R$ 22 bilhões na moeda brasileira.
Além disso, a Avelo Airlines tem interesse em outras 50 unidades do avião da Embraer. Com isso, poderá chegar a um total de 100 aeronaves da empresa joseense, considerada hoje a terceira maior fabricante de aviões do mundo.
E, com a consumação do negócio, a Avelo se torna a primeira companhia aérea norte-americana a ter esse modelo de avião da empresa brasileira. Isso porque, no momento, conta apenas com exemplares Boeing 737NGs, que são aeronaves feitas nos Estados Unidos.
Aviões da Embraer serão entregues em dois anos

Com os pedidos firmes de compra realizados, a previsão é que as entregas fiquem para o primeiro semestre de 2027. Desta maneira, a Embraer tem praticamente dois anos para produzir e entregar os 50 primeiros jatos E195-E2 para a Avelo Airlines.
Segundo o presidente e CEO da Embraer Aviação Comercial, Arjan Meijer, o baixo consumo e a menor quantidade de ruídos são os diferenciais do produto. Assim, seria considerado ideal para o trajeto da malha aérea do cliente.
O E195-E2 é um divisor de águas para as companhias aéreas que desejam crescer de forma lucrativa enquanto elevam a experiência dos passageiros
Além disso, o dirigente da empresa de São José dos Campos informou que a companhia norte-americana irá complementar a frota de aviões narrowbody (um único corredor central na fuselagem) com o E195-E2. “Seu consumo de combustível extremamente eficiente, sua operação silenciosa e a capacidade de operar em pistas curtas permitirão a abertura de novos mercados” disse ao site oficial da empresa.
Empresa se livra do tarifaço de Trump
Esse acordo de 50 aviões da empresar para a Avelo é mais uma vitória da Embraer no concorrido mercado da aviação. Mas, tem um sabor especial justamente porque acontece após a imposição do ‘tarifaço’ de 50% aos produtos que o Brasil exporta para os Estados Unidos desde 1º de agosto.
No entanto, o presidente dos EUA, Donald Trump, deixou a aviação de fora da imposição. Atualmente, as exportações da empresa joseense têm 10% de tarifa, desde abril.
Ainda assim, a Embraer trabalha nos bastidores para tentar zerar essa alíquota. Nos últimos meses, mesmo com essa taxa, a empresa vem registrando os melhores resultados e lucros da história.








