A Embraer, que tem sede em São José dos Campos, assiste de ‘camarote’ a guerra tarifária entre Estados Unidos e China. Afinal de contas, essa disputa poderá, e muito, beneficiar a empresa brasileira.
Isso porque, nesta semana, a China anunciou a suspensão de compras de aviões da empresa norte-americana Boeing. Tudo por conta do ‘tarifaço’ de até 245% sobre os produtos chineses, imposto pelo presidente dos EUA, Donald Trump. E a Embraer pode se dar bem nessa história.
Então, a China já pensa em alternativas para o seu mercado de aviação. E as aeronaves produzidas pela empresa joseense se tornam a ‘bola da vez’ no mercado internacional.
Porta-voz do governo chinês elogia Embraer

Além desse cenário inicialmente favorável, o porta-voz do Ministério das Relações da China, Lin Jian, elogiou a Embraer. A fala do dirigente veio nesta quarta-feira (16), durante uma entrevista coletiva.
“Gostaria de salientar que o Brasil é um importante país da aviação, e a China atribui grande importância à cooperação prática com o Brasil em vários campos, incluindo a aviação”
Ainda na coletiva, o dirigente da China falou que está contente em ver as empresas de seu país em bom relacionamento com o Brasil. Além disso, destacou os princípios de mercado para acontecer este acordo entre os dois lados.
Atualmente, a Embraer, com intermédio do governo federal, negocia a venda de 20 aviões comerciais para uma empresa regional chinesa. Agora, com essa aproximação entre os dois países, novos negócios poderão surgir.
Consequentemente, é uma possibilidade e expectativa de aquecer a economia em São José dos Campos e região. Além disso, poderá ser a chance do surgimento de novos postos de trabalho na empresa e em outras companhias terceirizadas, que prestam serviço à terceira maior fabricante de aviões do mundo.
Ações da empresa disparam
Na última terça-feira (15), a Embraer e seus acionistas tiveram muito o que comemorar. Afinal de contas, quando a China anunciou a recomendação do fim das compras de aviões de Boeing, as ações da empresa joseense subiram 4%.
Então, há uma expectativa generalizada de que a empresa do Vale do Paraíba possa se dar bem com essa notícia vinda do mercado internacional. Inicialmente, o ‘tarifaço’ imposto por Trump chegou a ser visto com preocupação pela empresa de São José.
Porém, nesta semana, o cenário mudou e se tornou favorável à Embraer. Ainda assim, como o mercado é sempre instável, a empresa também adota a cautela sobre projeções futuras.








