O governo do estado de São Paulo anunciou nesta quarta-feira (30), que 66% dos comerciantes da Favela do Moinho, no centro da capital paulista, já aceitaram sair do local. Desta maneira, eles já assinaram um termo de indenização, que será pago pelo poder público.
Segundo os dados divulgados pelo governo de São Paulo, 66 comerciantes atuavam na Favela do Moinho, sendo que 44 deles assinaram o termo. Esse acordo é intermediado entre a prefeitura, através da Sehab (Secretaria Municipal de Habitação) e A CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado).
Os moradores interessados assinaram os termos na semana passada, entre os dias 22 e 25 de julho. De acordo com o estado, muitos dos que não assinaram foi por conta de questões de saúde, além de atualização de documentos e detalhes sobre os valores que terão direito a receber.
Favela do Moinho tem diversidade de comércio

A Favela do Moinho, que está em processo de desocupação no centro de São Paulo, possui uma vasta diversidade de comércios. Por exemplo, essa comunidade possui serviços como restaurantes, bares, bijuterias, lojas de roupas, estúdio de tatuagem e assistência técnica diversa.
Além disso, as famílias que moravam no local e foram retiradas, recebem um valor de R$ 1.200 como auxílio aluguel. E esse pagamento se divide entre a prefeitura e o governo paulista.
Na oportunidade da negociação, os interessados foram a um escritório que a CDHU montou na Alameda Barão de Limeira. Esse espaço montado fica a cerca de 500 metros da favela.
Com isso, melhorou o acesso dos trabalhadores ao processo de realocação habitacional, segundo o estado. E, também, ficou mais fácil para conseguir atualizar os cadastros necessários.
Para o secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Marcelo Branco, a indenização é uma “prova de como podemos chegar ao melhor atendimento possível para o cidadão”. Ainda segundo ele, quando as diferenças vão para a mesa de negociação, tudo fica mais fácil de solucionar.
Governo remove 453 famílias
Além dos comerciantes, o governo do São Paulo está há três meses na Favela do Moinho, onde tenta, gradualmente, retirar as pessoas de lá. De acordo com os dados divulgados, já foram removidas 453 famílias do local, ou seja, mais da metade da população local.
Pelo regulamento, as famílias que têm renda de até R$ 4.700 por mês, terão direito a uma casa de graça até R$ 250 mil, por conta dos subsídios estaduais e, também, federais. Por enquanto, o governo já demoliu 14 casas na comunidade, em uma ação que também já gerou muita polêmica.








