São Paulo já passou da marca de 100 mil toneladas de lixo flutuante retiradas do Rio Pinheiros no período de dois anos. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (28), pela Semil (Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística), pasta ligada ao governo do estado de São Paulo, através do ‘Lixômetro’.
Atualmente, há uma parceria com a Emae (Empresa Metropolitana de Águas e Energia), que ajuda a atualizar os dados do Lixômetros. Esse painel está instalado no Parque Bruno Covas e acompanha, em tempo real, essa limpeza do rio que passa por dentro da capital paulista.
A aferição mais recente é do dia 21 de agosto, quando o equipamento chegou a 100.986 toneladas de resíduos retirados. Segundo também dados divulgados pelo governo estadual, desde o início do processo, em 2023, já se investiu R$ 169,4 milhões à limpeza do Pinheiros. “Recursos que poderiam ser aplicados em outras políticas públicas, caso o descarte irregular de resíduos não fosse tão expressivo”, disse o governo.
Lixômetro aponta aumento de coletas em 2025

Através do Lixômetro, também é possível ver que, apenas em 2025, entre janeiro e agosto, a Semil já retirou 27 mil toneladas de lixo do Rio Pinheiros, em São Paulo. E isso representa um aumento de 24% em relação ao mesmo período do ano anterior quando ficou em 21 mil toneladas.
Durante todo o ano de 2024, o processo de limpeza retirou 38.260 toneladas de lixo do fundo do rio. No primeiro ano, foi um pouco menos: 35.704 toneladas em 2023.
Atualmente, a SP Águas, com a Agência de Águas do Estado de São Paulo, faz a rota diária de 25 quilômetros de extensão do Pinheiros. E, com barcos de coletas, ajuda a retirar esses resíduos que poluem o rio.
De acordo com os dados divulgados, as garrafas pets, isopores e brinquedos como bolas e bonecos são os itens mais descartados no rio. Mas, há até mesmo sofás, colchões e outros objetos maiores, que prejudicam a qualidade ambiental do espaço.
Subsecretário comemora marco
Apesar do trabalho ainda estar longe de resolver o problema da poluição, o governo comemora os números atingidos. O subsecretário de Recursos Hídricos e Saneamento Básico da Semil, Cristiano Kenji, destacou o trabalho feito.
“Este dado é muito relevante e acende um alerta de que devemos realizar o descarte correto do lixo. A participação da sociedade é fundamental para o sucesso da despoluição do rio Tietê e seus afluentes, como o Pinheiros”.
Por fim, o Lixômetro se tornou uma ferramenta de conscientização. E permite que as pessoas tenham acesso aos dados da limpeza não apenas do Pinheiros, mas dos outros rios da capital.








