Acusado de corrupção, o prefeito de São Bernardo do Campo, Marcelo Lima (Podemos), terá que usar tornozeleira eletrônica. Ele foi alvo de uma operação da Polícia Federal na manhã desta quinta-feira (14), e acabou afastado do cargo por determinação da Justiça.
Além disso, Marcelo Lima terá que ficar ao menos um ano sem poder entrar na prefeitura, segundo a Polícia Federal. Ainda nesta quinta, a PF cumpre 2o mandados de busca e apreensão na cidade do Grande ABC e, ainda, dois mandados de prisão preventiva.
A ação da PF ainda segue em outras cidades da Região Metropolitana: Diadema, Santo André e Mauá, além da capital São Paulo. Um dos mandados de prisão é contra Paulo Iran Paulino Costa, assessor parlamentar do deputado estadual Rodrigo Moraes (PL). Paulino é apontado como um operador financeiro de propinas.
Marcelo Lima é investigado com vereadores

Afastado do cargo de prefeito de São Bernardo do Campo, Marcelo Lima é investigado juntamente com dois vereadores. E poderá responder por crimes como organização criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção passiva e ativa, assim como os demais envolvidos.
Até o momento, o prefeito afastado da cidade do Grande ABC não se manifestou publicamente sobre o assunto. Se isso acontecer, a matéria será devidamente atualizada.
O uso da tornozeleira eletrônica é para evitar uma eventual fuga. E o assunto está na ‘moda’ por conta do ex-presidente Jair Bolsonaro, que também está usando o equipamento, além de enfrentar ainda uma prisão domiciliar no processo onde é acusado por tentativa de golpe no dia 8 de janeiro de 2023.
No caso do prefeito, a operação acontece na esfera da Operação Estafeta, autorizada pelo desembargador Roberto Porto, do TJSP (Tribunal de Justiça de São Paulo). Nesta operação, também está autorizada a quebra de sigilo bancário e telefônico de todos os investigados.
Investigações começaram em julho
Mas, as investigações que culminaram com o afastamento de Marcelo Lima começaram em julho deste ano. Na oportunidade, houve a apreensão de R$ 14 milhões em espécie dentro do apartamento de um servidor público.
Na oportunidade, a Polícia Federal apelidou o local como um ‘bunker do dinheiro’. E se descobriu o envolvimento do prefeito por conta do pagamento de uma fatura do cartão de crédito dele, além de uma conta telefônica em nome da esposa, a primeira-dama de São Bernardo.
Por fim, também encontraram crachás de veículos que têm acesso à prefeitura. Por tudo isso, se decidiu pelo afastamento de Marcelo Lima.








