Morreu nesta terça-feira (2), o jornalista Mino Carta, 91 anos, em São Paulo. Nascido na Itália, mas criado no Brasil, ele estava internado há duas semanas na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Sírio-Libanês, na capital paulista.
Mino Carta, que era diretor e criador da revista Carta Capital, enfrentava problemas de saúde desde o ano passado. Segundo informações da própria revista, ele vivia entre ‘idas e vindas do hospital’ nesses últimos tempos. No entanto, ainda não divulgaram a real causa da morte do jornalista.
Agora, o velório será realizado a partir das 12h desta terça, no Cemitério São Paulo, bairro do Pinheiros, região oeste de São Paulo. E o sepultamento acontece em seguida.
Revista confirma morte de Mino Carta

Inclusive, a Revista Carta Capital foi o primeiro veículo a confirmar a morte de Mino Carta. Essa confirmação veio às 5h59 desta terá, através das redes sociais do periódico fundado por ele em 1994.
O jornalista nasceu em 1934 na cidade de Gênova, na Itália, mas veio para o Brasil ainda criança, após a Segunda Guerra Mundial. Desde então, não saiu mais daqui e adotou o país como pátria, morando em São Paulo.
Ele chegou a estudar Direito, mas abandou a faculdade. Depois, começou a trabalhar com jornalismo, quando inclusive criou algumas publicações das mais conhecidas do Brasil.
Na época, lançou a revista automotiva Quatro Rodas, em 1960, a Veja, em 1968 e a IstoÉ, em 1976. Já na década de 1990, lançou a Carta Capital, na qual ainda era presidente e diretor.
Em sua trajetória no jornalismo, também trabalhou como chefe de redação no Jornal da Tarde, em 1996. Na oportunidade, revolucionou a linguagem e a diagramação do veículo, que serviu de exemplo para vários outros meios de comunicação.
Jornalista mostrava tristeza com política
Embora fosse próximo do presidente Lula (PT), Mino Carta demonstrava ‘desencanto’ com a política nos últimos anos. Durante o regime militar, lutou contra o governo, especialmente nas denúncias de tortur@.
Além disso, dizia que a imprensa em geral estava ‘escravizada pelas novas mídias’. E se mostrava avesso às novas tecnologias.
Mas, ele também se mostrava orgulhoso com a criação da Carta Capital, a qual considerava sua maior realização pessoal. E falava que seguia três pilares: fidelidade aos fatos, espírito crítico e fiscalização do poder.
Por fim, Mino Carta também era escritor e escreveu três romances: Castelo de Âmbar (2000), A Sombra do Silêncio (2003) e A Vida de Mat (2016).








