Os ônibus do transporte coletivo de São Paulo sofrem com uma onda de ataques que preocupa tanto as empresas concessionárias quanto os usuários do sistema. Isso porque mais de 235 deles foram atacados desde junho na capital paulista.
Esses dados da SPTrans expõem o clima de insegurança para quem precisa de ônibus em São Paulo. Ainda de acordo com a entidade, a maioria dos casos se tratou de ataques a pedradas, onde muitas vezes se quebraram os vidros dos veículos do transporte coletivo.
Com mais de 12 milhões de habitantes, São Paulo depende muito do transporte coletivo. Afinal de contas, o trânsito também vive saturado os veículos desta natureza sempre são as principais alternativas.
Mais de 30 ônibus queimados em 24 horas

No entanto, houve uma intensificação de ataques aos ônibus em São Paulo no período de 24 horas. Isso porque, segundo a SPTrans, 34 deles sofreram com vandalismo entre os dias 2 e 3 de julho.
Em um dos casos, que inclusive ganhou repercussão nas redes sociais, uma passageira acabou atingida durante um trajeto na zona sul da capital. E isso fez com que ela fraturasse o nariz, além do susto e do trauma que certamente sofreu por conta disso.
E, na madrugada desta quinta-feira (3), dezenas de ônibus se enfileiraram em frente ao 47º DP (Distrito Policial) do bairro Capão Redondo, também na zona sul. Todos eles para registrar boletim de ocorrência por conta dos atos de violência que sofreram.
Ainda não se sabe ao certo o real motivo dos ataques. Mas, de acordo com a polícia, uma das linhas de investigação aponta retaliação do crime organizado por conta das câmeras instaladas nos veículos. No caso, os criminosos acreditariam que essas câmeras teriam a tecnologia de reconhecimento facial.
Problema atinge outras cidades
Entretanto, os ataques constantes aos ônibus não se limitam à cidade de São Paulo. Isso porque municípios da região metropolitana e até da Baixada Santista também enfrentam o problema, embora em uma escala menor. No momento, são 235 casos na capital e outros 13 em Santo André, segunda colocada na lista. Depois, aparecem Osasco (12), Santos (11), Taboão da Serra (6), São Bernardo (2) e Mauá (1).
Segundo a prefeitura de São Paulo, esses ataques são ainda mais prejudiciais para a população de baixa renda, pois, dependem do transporte. E esses ônibus atingidos saem de circulação para reparo, prejudicando a frota e a demanda de veículos para os usuários no dia a dia.








