Um dos suspeitos de atirar e matar o ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, na última segunda-feira (15), já foi identificado. A afirmação foi feita pelo secretário de Segurança Pública do estado na manhã desta terça (16), durante o velório, que acontece na Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo).
O crime aconteceu na tarde de segunda em Praia Grande, no litoral de São Paulo, quando o ex-delegado foi vítima de uma emboscada. Segundo o secretário, o suspeito já tem várias passagens pela polícia, mas ainda não foi preso neste caso.
É um indivíduo que já foi preso várias vezes pelas forças policiais. Foi preso por roubo duas vezes, por tráfico duas vezes, foi preso quando era adolescente infrator
Ameaças a ex-delegado vinham desde 2019, diz procurador

Ainda no velório do ex-delegado Ruy Ferraz Fontes, o procurador-geral de Justiça, Paulo Sérgio Costa de Oliveira, revelou que as ameaças aconteciam desde 2019. Ainda disse que Fontes sofreu ameaças a tiros e reforçou a ideia de que o assassinato nesta semana teria acontecido por vingança.
Porém, a linha de investigação ainda não está concluída, ou seja, há muitas hipóteses em aberto. Atualmente há entre e quatro variantes, as quais o pelo DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa), e o Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) estão trabalhando.
Mas a principal linha de investigação é de vingança do PCC (Primeiro Comando da Capital), facção criminosa que domina o sistema prisional no estado de São Paulo. Até porque em 2006, o então delegado foi um dos responsáveis por indiciar criminosos como Marcola, líder do PCC, além de mapear toda a estrutura da organização criminosa.
Inclusive, nos últimos anos, ele vinha demonstrando preocupação, já que em 2023 sofreu um assalto e disse que os bandidos sabiam onde ele morava. Fontes tinha mais de 40 anos de carreira na polícia.
Crime teve mais de 20 tiros de fuzil
Na tarde de segunda, a ação planejada pelos criminosos contra o ex-delegado aconteceu após uma perseguição. Na oportunidade, ele percebeu o atentado e tentou fugir, mas o veículo bateu em um ônibus antes de ser alvo dos disparos.
Segundo a polícia, a ação teve mais de 20 tiros de fuzil e o carro da vítima não tinha blindagem. Após o ataque, os criminosos ainda incendiaram o veículo utilizado no ataque.
Antes, em 2010, ele já tinha saído com vida de um atentado. Mas, 15 anos depois, o agora ex-delegado da Polícia Civil não teve a mesma sorte. E a polícia ainda busca todos os responsáveis pelo ataque.








