A mãe e o irmão de um dos suspeitos de matar o ex-delegado Ruy Ferraz Fontes prestaram depoimento na manhã desta quarta-feira (17) na Polícia Civil de São Paulo. Agentes do DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa) ouviram os familiares do homem que não teve o nome revelado e que ainda não foi preso.
Além disso, a polícia cumpriu oito mandados de busca e apreensão tanto na capital quanto em cidades da Região Metropolitana nesta quarta. Tudo para tentar descobrir pistas sobre o atentado ocorrido no dia 15, que tirou a vida do ex-delegado de 68 anos em Praia Grande, no litoral paulista.
Até agora, dois suspeitos do atentado já foram identificados, mas ainda não foram presos. A suspeita é que eles tenham ligação com a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), que comanda o crime organizado nos presídios no estado de São Paulo.
Polícia identifica criminosos pelas digitais

Na última segunda-feira (15), o ex-delegado foi alvo de uma emboscada, tentou fugir, mas levou cerca de 20 tiros de fuzil no seu carro, que não era blindado. Inclusive, ele bateu em um ônibus e capotou em uma via movimentada, gerando momentos de pânico e terror a quem estava perto.
E os criminosos, que também estavam em outros carros, queimaram um dos veículos, mas não o fizeram com o outro. Com isso, a Polícia Técnico-Científica conseguiu coletar material de impressão digital do Jeep Renegade utilizado no atentado. Com isso, foi possível identificar ao menos dois deles.
Nos anos 2000, o ex-delegado foi uma peça-chave para desvendar e combater o PCC no estado de São Paulo. Desde então, estava ‘jurado de morte’ pela organização criminosa, mas andava sem escolta e sem carro blindado. Isso, inclusive, gerou muitos debates e discussão sobre segurança pública nesta semana.
Atualmente, Ferraz era secretário de administração pública em Praia Grande. E estava voltando para casa após mais um dia de trabalho na cidade do litoral paulista.
Ex-delegados podem solicitar escolta, diz SSP
Apesar de andar sem escolta e sem nenhum tipo de proteção, o ex-delegado de polícia Ruy Ferraz poderia solicitar a proteção. Isso é o que disse, em nota, a SSP (Secretaria de Segurança Pública), do estado de São Paulo.
“Após o cargo, ex-delegados podem solicitar a escolta, mas tal solicitação não foi formulada”, disse nesta semana à imprensa. Agora, as polícias Civil e Militar se mobilizam para tentar prender todos os suspeitos do atentado.








