Um homem suspeito de vandalizar ao menos 16 ônibus do transporte público de São Paulo foi preso pela Polícia Civil nesta terça-feira (22), na parte da manhã. Desde junho, os ataques na Região Metropolitana, capital e Baixada Santista se intensificaram.
Quem efetuou a prisão do suspeito foi o Deic (Divisão Especializada de Investigações Criminais), de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo. Isso foi possível após o trabalho de inteligência, que conseguiu localizar esse homem que danificou os ônibus.
Esses dados são divulgados pela SSP (Secretaria de Segurança Pública) do estado de São Paulo. Em depoimento, o suspeito confirmou que atacou ao menos 16 veículos do transporte coletivos, sendo 15 em São Bernardo e um na avenida João Saad, no bairro do Morumbi, em São Paulo.
Criança que estava em ônibus se feriu

Entre os 16 ataques realizados pelo suspeito aos ônibus, o mais grave aconteceu na capital. No caso, ele acabou atingindo uma criança, que foi parar em uma unidade de saúde por conta dos ferimentos causados pelos estilhaços.
Durante a prisão do suspeito, a polícia encontrou diversos itens que seriam utilizados nos ataques. Por exemplo, encontro pedras, estilingues e similares na casa do homem que acabou preso.
No entanto, a polícia ainda tenta descobrir se ele agiu sozinho nesses casos. Ou, se teve a ajuda de outra pessoa ou mais de uma pessoa.
Até agora, de todos os ataques a ônibus no estado de São Paulo, o mais grave aconteceu em junho, na zona sul da capital. Na oportunidade, uma passageira acabou atingida e sofreu várias fraturas no rosto, precisando até mesmo de cirurgia.
Segundo o Deic, cerca de 80% dos ataques aconteceram nas regiões sul e oeste da capital, especialmente na sul. Mas, cidades da Grande São Paulo, além de Santos, também foram alvo dos criminosos.
Desde junho, foram mais de 800 ataques
Esses ataques contra ônibus em São Paulo começaram a surgir em junho e se intensificaram. Desde então, já se registrou 813 casos em 27 cidades diferentes. Apenas na última quinta-feira, aconteceram 15 registros.
No último dia 17 de julho, outros três suspeitos acabaram preso pela Polícia Militar. Recentemente, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), criticou publicamente a Polícia Civil. E reclamou da demora em solucionar os problemas.
Por enquanto, a linha de investigação aponta uma disputa interna de poder entre sindicatos da categoria. A briga entre eles já dura alguns meses e há a suspeita de um tentando boicotar o outro.
E, além disso, a polícia aponta um efeito ‘contaminação’, ou seja, muitos dos ataques aos ônibus podem ter vindo de outras pessoas. Neste caso, incentivados pelo aumento da onde de crimes.








