O comércio da Rua 25 de Março, em São Paulo, entrou na mira do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nesta semana. Então, o prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), saiu em defesa do tradicional espaço popular e deu entrevista nesta quinta-feira (17), para falar sobre o assunto.
Na oportunidade, Trump disse que o USTR (Escritório do Representante de Comércio dos Estados Unidos) iria investigar uma série de irregularidades no comércio brasileiro. Entre eles, a Rua 25 de Março, por conta da suposta venda de produtos piradas e contrabandeados.
Ainda de acordo com o presidente norte-americano, esse comércio popular estaria atrapalhando o faturamento de diversas empresas nos Estados Unidos. Antes, Trump já tinha anunciado tarifas de 50% nas exportações brasileiras a partir de 1º de agosto.
Prefeito nega que 25 de março seja ‘ilegal’

Para o prefeito de São Paulo, a Rua 25 de março nunca foi ‘ilegal’. Em entrevista à Rede Globo, tentou defender o comércio local. Até porque é uma região que recebe milhares de pessoas por dia, até mesmo de outras cidades.
O comércio da Rua 25 de Março não pode ser considerado um comércio ilegal, pois não é. Se em algum local existir venda de produtos falsificados, inclusive na 25, cabe à Receita Federal e aos órgãos de combate à pirataria fiscalizar
Além disso, esse é considerado o maior comércio popular de rua da América Latina. Com isso, gera milhares de empregos.
Mas, segundo o dossiê feito pelo governo de Trump, esse comércio vende produtos ilegais há vários anos. E, mesmo com operações policiais constantes, não teria sido possível eliminar as irregularidades.
Outro ponto citado pelo governo dos EUA é que esses produtos, além de serem falsificados, também vão para diversos estados brasileiros. Atualmente, esse comércio conta com cerca de 3.000 lojas na região em São Paulo.
Prefeito diz que pirataria é combatida
Ainda na entrevista à rede Globo, o prefeito destacou que os eventuais casos de pirataria são combatidos. E, também, destacou que a prática irregular é feita por uma minoria no comércio.
Esse é só mais um capítulo da batalha tarifária aberta pelo republicano ao governo brasileiro. E, nos últimos dias, se voltou para São Paulo, por conta do comércio.
Além da Rua 25 de março, o comércio popular da capital também em outros pontos como a Santa Ifigênia e a Feirinha do Brás. Mas, no relatório do governo americano, o destaque ficou pela rua mais conhecida do comércio da cidade.








