Os reservatórios de abastecimento de água na região da Grande São Paulo operam em agosto com 38,4% de sua capacidade total. Com isso, é o pior índice desde 2015, auge da crise hídrica, quando o nível chegou aos preocupantes 9,6%, o pior nível da história.
Com isso, a Arsesp (Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo), determinou que a Sabesp, companhia de abastecimento responsável pela região, reduza a pressão da água no período da noite. Isso irá ajudar a economizar o produto durante este período de estiagem.
Em 2025, o mês de agosto teve apenas 8% do total de volume de chuva prevista para o período. E isso agrava a falta de abastecimento de água na região formada por mais de 20 milhões de pessoas.
Reservatórios baixos podem gerar racionamento

Em 2015, por conta do baixo volume dos reservatórios, que usaram até o chamado ‘volume morte’, houve racionamento de água na Grande São Paulo por 20 meses. Agora, para evitar chegar a esse nível novamente, a redução da pressão de água na madrugada é uma solução.
De acordo com dados da Arsesp, essa medida deverá economizar, em oito horas, cerca de 4.000 litros de água. De acordo com a Sabesp, essa medida na pressão da água é uma forma de prejudicar menos os moradores, ainda mais porque acontecerá durante o período da madrugada.
Inclusive, a medida já começa a valer nesta quarta-feira (27), quando a Sabesp inicia o serviço. Agora, fica a expectativa para que a media ajude a evitar um novo racionamento, embora o cenário seja menos grave que há dez anos.
Mas, a Arsesp também terá que dobrar o monitoramento nas partes mais altas e mais distantes da região. Isso porque a baixa pressão pode dificultar a chegada da água aos locais se a medida eventualmente perdurar por mais de oito horas.
Governo quer plano de contingência
Embora a Sabesp sustente que a queda no nível dos reservatórias seja menor que em 2014 e 2015, o governo do estado cobra um plano de contingência da concessionária. Além disso, cobra que se façam campanhas de conscientização junto aos moradores da região.
Afinal de contas, as pessoas também podem colaborar consumindo menos água no dia a dia. Por exemplo, lavar carros, calçadas e garagens devem ser evitados, ainda mais neste período de estiagem.
Com tudo isso, os reservatórios deverão se manter com um certo nível até o início do período de chuvas. A partir de outubro, as precipitações se tornam mais frequentes.








