Desde o último dia 12 de junho, São Paulo passou de 500 ônibus atingidos por pedras, entre capital, região metropolitana e Baixada Santista. Até este final de semana, já foram 554 registros de ataques do tipo.
E todos eles tiveram um ataque semelhante: pedras de pequeno e médio tamanho, atirados contra os vidros laterais. Inclusive, com passageiros dentro, como o caso de uma melhor que teve o nariz fraturado enquanto usava o ônibus do transporte público da capital.
Esses ataques frequentes deixam principalmente os usuários do transporte receosos e inseguros. Além deles, os próprios motoristas também temem serem atingidos, o que poderia até mesmo causar acidentes.
Maior parte dos ataques a ônibus é na capital

A maior parte dos ataques a ônibus em São Paulo acontece na capital. Porém, cidades como Osasco, São Bernardo, Santo André e Mauá, na região metropolitana, além de Santos, no litoral, também já registram os problemas.
Além do risco de machucar as pessoas, como já aconteceu, também há o transtorno pela redução da oferta de transporte. Isso porque, com os vidros quebrados, os veículos precisam sair de circulação para a manutenção.
De acordo com as empresas do transporte coletivo, o preço de um vidro como os que foram quebrados custa cerca de R$ 5.000. Além do prejuízo para a empresa, nem sempre há vidros a pronta entrega no mercado.
Consequentemente, os veículos ficam mais tempo parados na garagem. E acabam prejudicando o trabalhador, que precisa dos ônibus para se locomover.
Entretanto, o primeiro caso semelhante em São Paulo aconteceu ainda em janeiro. Algumas pessoas já foram presas e detidas, mas desde junho houve um aumento substancial na quantidade de veículos atingidos, com mais destaque para bairros da região sul da capital paulista.
Polícia analisa hipóteses
Por enquanto, ainda não se sabe o real motivo dos ataques aos ônibus em São Paulo. Uma das linhas de investigação da Polícia Civil é ações do PCC (Primeiro Comando da Capital), uma facção criminosa que comanda a maioria dos presídios do estado.
No entanto, não há, ao menos por enquanto, uma motivação para a ação do grupo criminoso. Mas a hipótese está em pé.
Outra possibilidade são os chamados desafios de internet. Neste caso, ainda não há evidências, mas especialistas já monitoram as redes sociais para acompanhar as movimentações.
Por fim, a última hipótese seria possíveis sabotagens de empresas que perderam contratos de ônibus com as prefeituras. Mas, tudo ainda estão em fase de análise e especulação.








