Os ataques a ônibus em São Paulo já ultrapassaram a marca dos 600 registros desde o dia 12 de junho. E, neste último domingo (13), foram 47 ataques apenas na capital, o segundo pior dia das agressões que estão assustando profissionais e, principalmente, os usuários do transporte público.
Até agora, o dia mais violente foi 7 de julho, com o registro de 59 ataques a ônibus. Os dados foram divulgados pela SMT (Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana e Transporte) e SPTrans.
Quanto ao total de 600 ataques, isso é uma soma dos casos da capital, Grande São Paulo e, também, Baixada Santista. No entanto, os casos na cidade de São Paulo são a maioria, especialmente nas linhas da região sul.
Polícia investiga ataques a ônibus

A maioria dos ataques a ônibus em São Paulo aconteceram com pedras atiradas nos vidros. Até agora, um suspeito já foi preso, após uma passageira fraturar o nariz ao ser atingida na região sul da capital no mês passado.
No entanto, a polícia ainda investiga a origem e a motivação desses ataques articulados. Inclusive, há três linhas de investigação, sendo a primeira uma possível participação do PCC (Primeiro Comando da Capital), facção criminosa que comanda os presídios paulistas.
Outra possibilidade seriam os chamados desafios na internet, realizados por jovens, embora essa opção seja menos provável. Por fim, uma linha também investiga um provável desentendimento entre empresas de ônibus que perderam licitações do transporte público e estariam retaliando.
Aliás, de acordo com a polícia, essa última hipótese até agora é a mais provável. No entanto, a investigação ainda estão longe de ter uma conclusão.
Por enquanto, passageiros e motoristas vivem dias de medo e apreensão. Afinal de contas, uma pedra pode causar não só estragos nos veículos, como ferimentos graves, como no caso da mulher que quebrou o nariz.
Veículos ficam fora de circulação
Outro problema é a redução do número de ônibus oferecidos aos usuários do transporte público. Isso porque, ao serem danificados, os veículos precisam ser recolhidos à garagem para manutenção.
Entretanto, para trocar os vidros quebrados, nem sempre há peça de reposição imediata. E, com a demora, o veículo também fica sem poder ser utilizado pelos passageiros.
Por fim, não apenas os ônibus são alvos, pois, até mesmo uma van que leva crianças com deficiência foi alvo. E um dos casos registrados foi no último dia 10 de julho, embora sem registro de feridos durante a ação criminosa.








