O servidor público Edson Camargo Campolongo, preso por participar de ataques a ônibus na Grande São Paulo, foi demitido. Servidor de carreira da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano), ele perdeu o emprego nesta quinta-feira (24) devido aos atos considerados incompatíveis com o cargo.
Ele, que também atuava na Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação, teve a demissão pedida pelo secretário Marcelo Branco. Até agora, a defesa de Edson não se manifestou sobre os ataques aos ônibus e nem sobre a prisão.
Em nota, a CDHU disse que, desde o dia 22, acompanha o registro policial para colher informações sobre o caso. E, então, formalizou a demissão do servidor pelo ato de vandalismo.
Homem atacou ao menos 17 ônibus, diz polícia

Desde o início de junho até esta semana, aconteceram mais de 800 ataques a pedras contra ônibus na cidade de São Paulo, Região Metropolitana e Baixada Santista. E Edson seria o responsável, segundo a polícia, por ao menos 17 ataques contra os veículos de transporte público.
Atualmente, ele ganhava mais de R$ 11 mil e estava no cargo há mais de 30 anos. Um dos argumentos da demissão foi o fado de ter usado carro oficial do CDHU para apedrejar ônibus.
Ainda de acordo com a polícia, Edson dizia querer ‘salvar o Brasil’, mas não acredita que essa seja a principal motivação. Várias vezes, o veículo da companhia estava nas redondezas, na região do Grande ABC, quando ocorria algum ataque – as imagens foram sempre registradas por câmeras de segurança.
Com isso, conseguiram localizar Campolongo, que até já viajou para eventos com o atual governador do estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Uma das linhas de investigação da polícia para a onda de ataques seria a disputa entre empresas de transporte coletivo rivais, principalmente na região sul de São Paulo. Em junho, uma mulher se feriu gravemente no rosto após ser atingida por uma dessas pedradas.
Suspeito atacava STF nas redes
Nas redes sociais, Edson, que atacou os ônibus em São Paulo, também atacava o STF (Supremo Tribunal Federal) nas redes sociais. E, também, dizia que queria acabar com o ‘comunismo’.
Outra suspeita contra ele é que estivesse recrutando mais gente para atacar os veículos de transporte. Além dele, outras pessoas também já foram presas pelas ataques, muitos deles com estilingues, aos ônibus na capital e região, criando momentos de tensão e medo entre as pessoas comuns que dependem do transporte público para trabalhar.








