A fabricante de armas Taurus recebeu uma multa de aproximadamente R$ 25 milhões da SSP (Secretaria de Segurança Pública) do estado de São Paulo. A pasta é ligada ao governo paulista e aplicou o valor por conta de irregularidades contratuais.
Segundo a Secretaria de Segurança de São Paulo, a empresa Taurus Armas S/A terá que pagar exatos R$ 25.087.535,80, já corrigidos. E as penalidades cometidas no contrato aconteceram entre os anos de 2007 e 2011 no estado.
Na oportunidade, a empresa, que é uma das principais no mercado, forneceu mais de 98 mil pistolas .40 S&W. E eram dos modelos 24/7 e 640, todos utilizados pelo governo de São Paulo.
Taurus está impedida de participar de licitações

Durante aquele período de quatro anos, o governo paulista contratou a Taurus em 11 oportunidades para atender a SSP. Agora, a empresa está proibida e impedida de participar de qualquer licitação pública no estado por dois anos.
A oficialização da penalidade e da multa veio neste sábado (12), com a publicação no Diário Oficial do Estado de São Paulo. Assim, o governo paulista terá que contar com outras empresas fabricantes de arma durante este período para outros contratos e demandas na área de segurança pública.
Inclusive, em 2017, o programa Fantástico, da Rede Globo, mostrou uma matéria sobre o MPF (Ministério Público Federal), que abriu investigações contra a Taurus. Isso por conta de acusação de disparos acidentais das armas fornecidas pela empresa. Além do governo paulista, outros estados brasileiros também usam o mesmo equipamento, mas só em São Paulo houve esse rompimento e a determinação do pagamento da multa por parte da empresa.
No entanto, a fabricante de armas ainda continua operando normalmente no mercado particular. Apenas nos contratos públicos é que segue vetada.
Governo opta pela Glock
Desde 2021, o governo do estado de São Paulo já não usa mais os armamentos fornecidos pela Taurus. Na oportunidade, passou a usar as armas da Glock, outra empresa bastante conhecida e uma das principais concorrentes da fabricante penalizada.
Além dos disparos acidentais relatados, houveram outros problemas de utilização dos antigos armamentos. E a Delegacia-Geral de São Paulo fez a reclamação e indicou a necessidade de troca dos equipamentos.
Por fim, parte das 11 contratações feitas sem licitação também deixaram de ser executadas. E isso consta no Diário Oficial do Estado de São Paulo na publicação deste sábado, garantindo a não-utilização das armadas da Taurus pelo governo paulista.








