Os casos de tuberculose na Favela do Moinho, em São Paulo, estão 54 vezes acima do que é indicado pela OMS (Organização Mundial da Saúde). Os dados foram divulgados e confirmados pelo próprio governador do estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos), neste final de semana.
Inclusive, a área com excesso de tuberculose também é alvo de processo de desocupação. E o governo de SP está à frente deste movimento que defende a retirada dos moradores desta área irregular bem no meio da capital paulista.
Para confirmar o registro da doença em larga escala, agentes de saúde do governo se informaram ao visitar a Favela do Moinho. Eles, junto com membros da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação, foram à região para fazer o devido cadastro dos moradores da comunidade carente da cidade.
UBS emitirá relatório sobre tuberculose

Por conta do problema registrado, o governo de São Paulo ainda solicitou um relatório para a UBS (Unidade Básica de Saúde) Boracéia. Essa unidade é a responsável pelo atendimento dos moradores desta área na capital paulista.
De acordo com os números, o estudo do governo aponta que há cinco casos de tuberculose registrados entre 1.491 moradores da Favela do Moinho. Essas pessoas fazem parte de 560 famílias atendidas nesta Unidade Básica de Saúde.
Pelos números, isso equivale a 353,3 casos para cada 100 mil habitantes. Para a OMS, a meta é de até 6,7 casos para cada 100 mil pessoas. Inclusive, o órgão internacional tenta reduzir até 80% dos casos da doença no mundo até 2030, ou seja, um prazo de cinco anos. Em nota, a secretaria afirmou que houve uma série de fatores para atingir o problema.
A junção de fatores, como as péssimas condições sanitárias e a alta aglomeração de pessoas, favorece a transmissão da doença em níveis muito superiores à média
Secretaria de saúde pediu dados ao CDHU
O governo do estado ainda pediu mais dados sobre os casos de tuberculoso na Favela do Moinho, em São Paulo, para a Secretaria Municipal de Saúde. E isso veio a partir de apontamentos da equipe social do CDHU (da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano), responsável pela construção de imóveis no estado.
Por fim, o problema da tuberculose na Favela do Moinho se mistura às polêmicas de retirada de moradores da área central da cidade. Para o governo, é essencial construir moradias populares, com estrutura, mas muitos moradores resistem em deixar o local onde vivem, até pela proximidade com seus trabalhos.








