São José dos Campos-SP, 10 de setembro de 2022, por Marcos Eduardo Carvalho – A inflação foi uma ‘vilã’ da classe trabalhadora brasileiro no ano passado e superou a marca dos dois dígitos no final de 2021, algo que não acontecia desde 2016. Desta maneira, impactou diretamente no poder de compra do brasileiro, pois muitos alimentos aumentaram de preço com a inflação.
Além disso, em 2022, embora haja uma desaceleração, os índices continuam altos e, ao final de agosto, já tinha 8,73% acumulados em um período de um ano. Segundo o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), entre 377 itens pesquisados, 182 deles teve uma inflação de mais de 10% no período de um ano.
Atualmente, o IPCA é o principal índice de medição de preços para o consumidor final e serve de referência principalmente para a população de baixa renda. E o blog Diariosp vai tratar um pouco mais do assunto.
Quais os alimentos mais aumentaram com a inflação de 2022?
Segundo uma reportagem publicada pelo jornal O Tempo, no dia 9 de setembro de 2022, a cebola foi a principal vilã no período de um ano. Desta maneira, chegou a 91,21% de aumento no período.
Além da cebola, outros itens alimentícios também tiveram forte aumento no período. Entre eles ainda ficou o mamão, com 81,83% de aumento, o melão, com 79,34% e a melancia, com 61,88%, seguido pelo leite longa vida, com 60,81% de aumento no período.
Ainda neste sentido, a manga também teve forte alta, chegando a 47,05% de aumento, seguido pelo café moído, que subiu 46,34% no período. Isso sem contar outros produtos não-alimentício, como o óleo diesel, que subiu 53,16% no período.
Como ficou a economia da baixa renda após esse aumento?
Agora, esses aumentos dos produtos básicos de alimentação, a vida e o poder de consumo das pessoas de renda baixa ficou ainda mais comprometida. Isso porque, quem ganha menos, sempre sente mais o impacto do aumento dos alimentos.
Consequentemente, trocam os itens mais caros por outros mais baratos na hora de fazer a compra do mês. Ou, por exemplo, na hora de comprar a mistura para o almoço. Tudo para tentar minimizar as perdas.
Outra questão é que isso aumenta o número de casos de pessoas que vivem em situação de insegurança alimentar. Desse modo, a pessoa tem o que comer no dia, mas não sabe se terá o que comer no dia seguinte.
Em 2023 terá novo aumento?
Atualmente a estimativa de inflação para o ano que vem é de 5,27%, segundo os dados mais recentes divulgados pelo Banco Central. No entanto, os números inflacionários podem variar com fatores externos, como a guerra na Ucrânia ou a pandemia da Covid-19. Assim, os alimentos que mais aumentaram com a inflação em 2022 também podem sofrer diferença para mais ou para menos.
