Uma série de assaltos registrados na região de Perdizes, zona oeste de São Paulo, fez com que moradores de um prédio utilizassem um instrumento simples na tentativa de reduzir os crimes: um apito. Na verdade, 42 apitos distribuídos pela síndica do prédio aos moradores.
Com o apito, há uma tentativa de avisar as vítimas, que estão nas ruas, para conseguir perceber a ação criminosa e se defender. A maioria dos roubos na região acontecem na Avenida Sumaré e, também, na Paulo 6º.
Embora Perdizes seja um bairro de classe média alta as ondas de assalto e roubos sempre foram grandes. E, nos últimos meses, parecem se tornar ainda mais frequentes, o que vem amedrontando e apavorando os moradores.
Apito foi ideia da síndica do prédio

A iniciativa de usar um apito para alertar as vítimas na rua próxima ao prédio. Isso porque os moradores e inquilinos, pela janela, já presenciaram vários roubos na região. Em entrevista ao portal de notícias g1 e de forma anônima, a mulher explicou que esses roubos aumentaram há alguns meses.
Agora, ela optou pela iniciativa de comprar os apitos como uma forma de alertar. Segundo a síndica, muitos ladrões fingem que estão caminhando ou correndo, mas combinam pelo celular onde a como assaltar.
E, de cima, os moradores percebem, sem poder fazer nada. Agora, com o ‘apitaço’, há a possibilidade de ao menos tentar assustar os criminosos e evitar que novos roubos e furtos ocorram nesta região da capital paulista. Segundo ela, a sensação é de ‘impotência’ ao ver as pessoas sendo assaltadas embaixo do prédio.
Em um dos carros mais recentes, imagens mostram os ladrões os ladrões entrando correndo em um veículo na esquina da rua Capote Valente. Ali, fogem com os celulares recém roubados das vítimas, após as atacarem no semáforo dando um ‘bote’ e quebrando os vidros dos carros.
Moradores gritam e chamam a polícia
Agora, com o apito, os moradores do prédio em Perdizes, além de gritarem da janela, também chamam a polícia. Contudo, se expõem enquanto os assaltantes fazem gestos obscenos em direção deles, ironizando a ação.
Há relatos de moradores da região que dizem sofrer problemas com assaltos há dois anos. Nesta sexta, um morador da rua Cristiano Viena ainda tentou prender uma quadrilha desses criminosos.
Em seguida, policiais civis do 14º DP (Departamento de Polícia), vestidos à paisana, prenderam um dos criminosos. Mas, segundo a SSP (Secretaria de Segurança Pública) de São Paulo, os roubos e furtos na região caíram 6,62% e 7,51% entre janeiro e julho deste ano na comparação com o mesmo período de 2024. Enquanto isso, o apito segue como um instrumento de ajuda mútua dos moradores.








