O Jogo do Tigrinho custou o sonho de formatura de um grupo de estudantes de direito em Santa Catarina. Isso porque uma das formadas, responsável por controlar o fundo do evento, gastou cerca de R$ 77 mil em apostas no aplicativo. Inclusive, é ilegal no país.
Esse caso aconteceu na UCEFF (da Unidade Central de Educação Faem), na cidade de Chapecó, região oeste do estado. A festa estava marcada para o último dia 22 de fevereiro, encerrando um ciclo de estudo. E que seria um momento marcante na vida de cada estudante.
Além do Jogo do Tigrinho, a menina também gastou o dinheiro da formatura em outros jogos online, ainda não divulgados. Inclusive, a própria estudante teria confessado aos colegas que teria feito uso indevido do valor. Tudo por conta a compulsão em jogos de azar.
Formatura perdida após três anos
Durante três anos, os estudantes direito guardaram esse dinheiro da formatura, que era aplicado diretamente na conta desta menina. No entanto, ela não conseguiu se controlar, não resistiu à jogatina e colocou tudo a perder. A história aconteceu pouco antes do sonho realizado para os futuros advogados.
De acordo com a imprensa local, a estudante de Direito avisou os colegas sobre o uso indevido do dinheiro e, depois, sumiu. Agora, a Polícia Civil de Santa Catarina investiga o caso, que ganhou grande repercussão nacional nos últimos dias.
Afinal de contas, o que era para ser uma grande festa, se tornou uma grande frustração aos formandos em Chapecó. No início da administração do fundo de formatura, a própria estudante se ofereceu para cuidar dos valores que seriam arrecadados por eles.
Ainda de acordo com a Polícia Civil catarinense, os estudantes fizeram a denúncia contra a colega. Durante esses anos, a suspeita foi a presidente da Comissão de Formatura da faculdade de direito da UCEFF. No início, ninguém suspeitava ou desconfiava que ela pudesse se desfazer do dinheiro de todos os colegas.
O golpe contra os colegas foi descoberto no dia 29 de janeiro, através da suspeita. Ela enviou mensagem no grupo de WhatsApp dos formandos. “Eu perdi todo o dinheiro da formatura. Me viciei em apostas on-line, Tigrinho e afins, e quando perdi todo o dinheiro que eu tinha guardado, comecei a usar o da formatura para tentar recuperar. E aí, cada vez mais fui me afundando no jogo”, disse a menina em uma das mensagens enviadas no grupo.
Empresa diz que não recebeu pagamento
Inclusive, a empresa contratada para realizar a formatura dos estudantes de Direito informou que não recebeu os de R$ 76.992 que esperava para este início de ano e poder realizar a festa. Até agora, recebeu apenas um adiantamento de R$ 2.000, insuficientes para sequer começar a pensar em uma festa.
Então, a Polícia Civil segue com a investigação, onde ainda irá definir se o caso se trata de apropriação indébita de valores ou se é um caso de estelionato. E a Justiça já rastreou, sem sucesso, a conta da presidente da comissão de formatura.
Sem esperanças de reaverem o dinheiro da formatura, os estudantes de Chapecó já correm atrás de alternativas para realizarem o sonho da festa. Com isso, já iniciaram uma vaquinha virtual para buscar arrecadar, pelo menos, parte dos valores perdidos e fazer uma nova festa, mesmo que seja mais simples.
Essa história da formatura dos estudantes de Direito em Chapecó também escancara o aumento de pessoas viciadas em jogos de azar. No ano passado, diversos influenciadores digitais chegaram a ser presos por divulgarem, de forma irregular, esses jogos de azar. Eles já fizeram muitas famílias perderem tudo o que tinham por conta de apostas através do aparelho celular.








