A Justiça de São Paulo converteu a prisão em flagrante para preventiva da mulher embriagada que atropelou um casal que passeava com o cachorro na Rua Frei Caneca, região central da capital paulista. O caso aconteceu na manhã do último domingo (21) e a decisão judicial veio nesta terça (23). O animal já tinha uma pata amputada e havia sido adotado um dia antes.
Na oportunidade, a mulher embriagada perdeu o controle do carro e invadiu a calçada, atingindo o casal Vitor Pereira e Luisa Machado. Pior que isso, esse foi o primeiro passeio deles com o cachorro Marcelinho, um vira-latas adotado no dia anterior, fruto do resgate das enchentes do Rio Grande do Sul no ano passado.
Com o impacto, Luisa caiu no chão, enquanto o pet se assustou e correu. Inclusive, ficou 24 horas desaparecido, até ser encontrado, assustado e ferido.
Mulher embriagada foi contida por testemunhas

Após atropelar o casal no centro de São Paulo, a mulher embriagada, de 45 anos, não conseguiu escapar. Isso porque populares chamaram a PM (Polícia Militar) e a contiveram com a ajuda de um motorista de aplicativo.
Como se recusou a fazer o teste de bafômetro e aparentava estar embriagada, acabou presa em flagrante. Então, acabou levada para o 78º DP (Distrito Policial) no bairro dos Jardins, em São Paulo, onde permanece detida. E o caso foi registrado como lesão corporal culposa e embriaguez ao volante.
O marido de Luisa, Vitor, conseguiu desviar e foi atingido de raspão. Mas, a esposa e o cachorro, após serem encontrados, precisaram ir para a UTI (Unidade de Terapia Intensiva).
Inclusive, Luisa, que perdeu muito sangue, teve convulsões e precisou desse atendimento. Ao menos, conseguiu alta no mesmo dia e seguirá a recuperação em casa.
Enquanto isso, o cachorro, que estava desaparecido, foi achado na Avenida Paulista, assustado e foi a um hospital veterinário, que fez uma cirurgia de emergência e o manteve na UTI, onde deve ficar por cerca de dois dias.
ONG faz ação para arrecadar fundos
No entanto, o custo do tratamento de Marcelinho, atingido pela motorista embriagada, será alto. E os tutores irão precisar de ajuda financeira para arcar com os custos.
Por enquanto, uma ação criada pelo Instituto Cãodeirante, ONG na qual o casal adotou o cachorro, conseguiu arrecadar mais de R$ 35 mil para esses custos veterinários. Em entrevista ao portal de notícias g1, Vitor disse que, um dia antes, a família estava muito feliz.
Mas, logo no primeiro passeio com o novo membro da família, a motorista embriagada o atropelou.
O cachorro tem cinco anos e veio resgatado pelo Instituto Elpa, em Canoas (RS) e, antes do acidente, já tinha amputado uma das patas. Agora, no último dia 13, o casal o conheceu em evento no Shopping Frei Caneca, consumando a adoção no dia 20.
Agora, depois do atropelamento causado pela mulher bêbada, a família quer se recuperar logo. E reencontrar Marcelinho em casa com Luisa, de 25 anos, que sobreviveu ao acidente.








