São José dos Campos-SP, 21 de setembro de 2022, por Marcos Eduardo Carvalho – O crédito pessoal é uma ferramenta que muitos bancos e financeiras oferecem para os clientes, muitas vezes endividados. No entanto, esse crédito, que deveria ‘salvar’ a vida das pessoas, pode até mesmo ampliar o problema.
Afinal de contas, as taxas de juros estão altas e, muitas vezes, o valor que vai precisar devolver fica muito alto. Nesta terça-feira (21), o Banco Central decidiu manter a taxa básica de juros anuais, a Selic, em 13,75% ao ano. Há pouco mais de um ano, essa taxa era de 2% e isso impacta diretamente no crédito.
Por isso, uma pessoa física que busca um empréstimo pessoal deve fazer apenas em último caso. Caso seja uma pessoa jurídica, como um MEI (Microempreendedor Individual) as taxas de juros são mais atrativas e caem pela metade. Agora, o Diariosp vai falar um pouco mais sobre o assunto.
O que acontece se não pagar um crédito pessoal?
Uma reportagem publicada nesta quarta-feira (21) no site da Agência Brasil e assinada pelo jornalista Wellton Máximo mostra que o valor do crédito pessoal ficou 32% mais caro em um ano. Justamente por conta da taxa de juros.
Desta maneira, isso torna o crédito ainda mais caro para o consumidor. Consequentemente fica mais difícil de pagar e, se não conseguir, vai ficar com o nome negativado nos cadastros no SPC e Serasa.
Assim, poderá não conseguir outros créditos regulares, além de ficar com uma dívida ainda mais alta, por conta dos juros de atraso. Outro agravante pode acontecer quando deixa um bem como garantia.
Neste caso, o banco pode penhorar aquele patrimônio e leiloar para conseguir quitar ao menos parte da dívida. Muitas vezes, as pessoas dão carros como garantia, a chamada alienação, para ter uma garantia em caso de inadimplência.
Como funciona o crédito pessoal
Atualmente, para conseguir crédito pessoal em um banco, principalmente onde já se tem conta-corrente e algum relacionamento, é relativamente fácil. Isso porque normalmente o banco exige apenas alguns documentos pessoais e o CPF (Cadastro de Pessoa Física), para confirmar se não tem restrição no nome.
Além disso, se tiver alguma restrição no nome, o banco pode até liberar o empréstimo, mas com juros mais altos. Mais uma característica do empréstimo pessoal é que não tem necessidade de informar o motivo para o qual vai usar. Por isso, pode fazer sem muita burocracia.
Quando usar esse recurso?
Normalmente, o crédito pessoal serve para pagar dívidas que possuem juros mais altos. Por exemplo, é o caso do cheque especial ou do rotativo do cartão de crédito. Desta maneira, o crédito pessoal pode ser vantajoso, pois, vai se livrar de uma dívida mais alta por outra com juros menores.
