São José dos Campos-SP, 17 de agosto de 2022, por Marcos Eduardo Carvalho – Na próxima semana, o Copom (órgão ligado ao Banco Central), vai fazer nova reunião para definir as taxas básicas de juros da economia brasileira, a Selic. No entanto, muitas pessoas ficam alheias a isso e não se preocupam em saber sobre esse assunto.
Entretanto, saiba que a taxa Selic tem uma influência e um impacto direto no dia a dia do cidadão comum. Afinal de contas, ela vai ser a referência para os valores dos juros e do crédito ao consumidor, se tornando um elemento essencial para a economia brasileira. Assim, o Diariosp vai falar um pouco sobre esse impacto no dia a dia.
Qual a consequência do aumento da taxa Selic?
Por exemplo, se o cidadão comum tem um valor na caderneta de poupança, os juros da Selic vão impactar diretamente no rendimento. Assim, quando maior forem os juros, maior será o rendimento na poupança. Atualmente, a taxa Selic está em 13,75%, uma das mais altas do mundo.
No entanto, o rendimento na poupança seria apenas um dos poucos benefícios dos juros altos. Isso porque, para quem vai comprar um imóvel, essa taxa tem grande influência. Afinal de contas, quando se vai comprar algo financiado, ainda mais em longos anos, quanto maior foi a taxa de juros, maior será o valor final.
Inclusive, uma reportagem publicada pelo portal de notícias G1, no dia 1º de maio de 2022 e assinada pela jornalista Patrícia Basílio, mostra justamente esse impacto da Selic na venda de imóveis, que ficaram mais caros com o aumento.
Por que o Banco Central aumenta a taxa de juros?
Inicialmente, o governo federal começou a aumentar a taxa de juros para tentar controlar a inflação, que fechou 2021 acima dos dois dígitos pela primeira vez desde 2016, quando a economia tinha um panorama semelhante ao atual. Pelo menos agora, em agosto de 2022, a inflação começou a desacelerar.
Por isso, existe a expectativa de que o Banco Central não aumento mais a taxa de juros até o final do ano. Serão dois dias de reuniões entre os técnicos do órgão em Brasília para definir se diminuiu um pouco ou se mantém os 13,75%.
Qual a previsão da taxa Selic para 2023?
Agora, com a aparente diminuição do nível inflacionário, a expectativa é de que a taxa Selic também recue no ano que vem e em 2024. Segundo economistas, esse valor deve fechar em 11% no final do ano que vem e em 8% no final de 2024.
Antes, no auge da pandemia da Covid-10, a taxa Selic chegou a cair para 2%, devido à redução do consumo em meio às incertezas da economia. Naquele momento, seria o cenário ideal para investir em imóveis.
