Dinheiro

Deflação e preços dos alimentos; entenda o que é veja os preços dos itens da cesta básica

Belo Horizonte, quinta-feira, 11 de agosto, por Saulo Teixeira Rosa – A primeira deflação no Brasil em mais de dois anos foi anunciada neste dia 9, de acordo com os resultados do índice IPCA. No entanto, o fenômeno, agravado pelos custos da energia e dos combustíveis, não impediu o aumento da inflação dos preços dos alimentos.

Conforme divulgado pelo IBGE, 12 dos 13 itens da cesta básica tiveram custos crescentes ao longo dos 12 meses anteriores para o indicador de preços. Portanto, neste artigo o site Diário Superpix, vai trazer maiores detalhes desta inflação dos alimentos que insiste em não cair.

O perigo da inflação para aos mais carentes

A situação atual também demonstra como o aumento dos preços dos alimentos pode ser um perigo para os brasileiros, tendo pouco impacto sobre outras. De acordo com a mais recente Pesquisa feita com Orçamento de famílias, as famílias com renda de quase R$ 2 mil gastaram mais de 1/5 de sua renda com comida. Em contrapartida, entre os de maior renda, as despesas com alimentação representaram quase 8% do que foi orçado.

Deflação e preços dos alimentos; entenda o que é veja os preços dos itens da cesta básica - Reprodução Canva
Deflação e preços dos alimentos; entenda o que é veja os preços dos itens da cesta básica – Reprodução Canva

Quais setores a deflação diminuiu?

A maior alta de preços foi na categoria de alimentos e bebidas, com alta de quase 1,5% em julho, ou quase 0,30% do ponto final do IPCA. Segundo economistas da LCA Consultores em entrevista ao G1, o aumento dos preços dos alimentos pode chegar a quase 15% em 2022.

“A Guerra da Ucrânia trouxe um novo conjunto de problemas logísticos, o dólar continua muito alto e ainda favorece as exportações, mais uma vez houve problemas climáticos que prejudicaram as lavouras”, explicou. Essa eliminação da gasolina beneficiou mais a classe média. Nem o diesel ainda diminuiu despesas com fretes. Famílias cuja alimentação custa caro ainda enfrentam sanções.

A atual deflação resultou em reduções para os grupos transporte quase -4,5% e moradia -1,05%. Apenas o primeiro citado conseguiu reduzir quase 1 ponto do IPCA. Apenas o preço do gás provocou queda percentual de 1,04 ponto percentual no IPCA, decorrente da implantação de um limite superior sobre as alíquotas do imposto estadual ICMS e redução de preços nas refinarias especificadas pela Petrobras.

Contudo, o aumento das tarifas da banda verde e a aprovação das revisões tarifárias extraordinárias de 12 distribuidoras nacionais pela Aneel afetaram a energia elétrica residencial (-0,24 ponto percentual no IPCA).

Essa deflação pontual é permanente?

Primeiramente, esses indicadores mostram os resultados da redução de impostos em anos eleitorais, para melhorar a situação financeira de muitos cidadãos. No entanto, esses esforços para reduzir impostos sobre combustíveis, por exemplo, podem conter a inflação em 2022, mas devem pressionar os preços em 2023.

Entretanto, vários economistas afirmam que medidas de controle da inflação podem prejudicar a saúde fiscal  e aumentar a incerteza do mercado financeiro caso o governo perca o controle de suas dívidas. Dessa forma, o Brasil deixará de atrair investimentos, a moeda vai se desvalorizar e o crescimento econômico poderá desacelerar.

Por fim, esta queda nos preços atuais, são passageiros porque alguns estímulos pontuais feitos pelo governo são provisórios com tempo de acabar. Portanto, entender isso é importante para não se iludir e fazer compras parceladas e financiamentos longos. Em suma, é isso! Até a próxima!

Saulo Teixeira

Contador pela PUC-MG e Especialista em Finanças Corporativas e Controladoria pela UFMG, escreve sobre o mundo dos investimentos e mercado de capitais desde 2016, mineiro de Belo Horizonte, é estudante ativo de marketing digital e motivado por produzir conteúdo em sites, blogs e redes sociais que agregue valor na vida das pessoas. Já escreveu sobre temas de Finanças para as colunas do site Tecnonotícias, Folha Go, Humor do Mercado e Valor Diário.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo