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O novo governo eleito representa algum risco para o setor elétrico? Confira

Belo Horizonte, segunda-feira, 14 de novembro de 2022, por Saulo Teixeira Rosa – Segundo Guilherme Tiglia, analista de valores mobiliários, da Nord Research, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), eleito pela terceira vez para a presidência, não deve representar riscos significativos para o setor elétrico brasileiro. Tiglia também acredita que uma revisão da privatização da Eletrobras é apenas tenuamente provável (ELET6).

O analista afirma que, independentemente de quem assumisse, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) está atualmente mais suscetível a pressões políticas e atua de forma mais aberta quando pressionada. Portanto, para saber mais detalhes confira esta matéria feita pelo nosso Blog.

Mercado acredita que com Lula setor elétrico terá baixo risco de intervenção

“Não acho que estejamos enfrentando riscos significativos no setor elétrico, como vimos, por exemplo, no governo Dilma Rousseff com a Medida Provisória 579, adotada em 2012, que visava reduzir consumo”, diz Tiglia.

“Na época, o plano mal executado de Dilma trouxe muita incerteza para o setor e para os investidores”, lembra o autor. O analista afirma que quaisquer mudanças regulatórias feitas pelo novo governo não devem ser transformadoras. De acordo com os contratos de concessão das concessionárias, que costumam ser longos e bem definidos, “há um certo nível de segurança por parte das concessionárias”, que muitas vezes podem renová-los sem fazer alterações significativas .

Ele acrescenta que é importante seguir as orientações. “Deixo claro que cada atividade dentro do setor elétrico tem uma dinâmica operacional única. Esta é uma exposição única ao PIB. Nesse caso, os efeitos de uma potencial interferência também variam”.

Segmento de distribuidoras de energia elétrica teriam mais vantagens

Quanto a uma potencial intervenção governamental, o risco é menor para as distribuidoras, pois elas são responsáveis ​​pelo atendimento direto ao cliente. “Qualquer interferência colocaria em risco a interrupção do fornecimento de energia ao consumidor final, algo que o governo procurava evitar. Por isso, acho que uma intervenção seria muito desfavorável”, comenta o analista.

Possibilidade maior de subsídios à energia renovável

Os investidores também estarão atentos ao plano de Lula para a rede elétrica brasileira. Representantes do governo petista defenderam a diversificação das fontes de energia durante a campanha, principalmente por meio do uso de fontes renováveis ​​de energia como solar e eólica.

“Observando uma geração sustentável e inovadora, vejo que essa é uma tendência predominante no setor, com muitos players adotando essa estratégia. Acredito que isso deve continuar sendo uma prioridade para diversificar ainda mais nossa matriz e reduzir o risco de instabilidade hidrológica com fontes limpas, então definitivamente há incentivos para desenvolver essas novas fronteiras.”

Sobre a privatização da Eletrobrás, empresa do setor elétrico

Em relação à Eletrobras, que foi privatizada em junho deste ano, o analista não vê um risco significativo de o governo retomar o controle.

“Vejo uma reversão da privatização da Eletrobras bastante improvável. O próprio processo exigia mudanças na lei, novos estatutos, aumento de capital (diminuindo a participação do governo), além de cláusulas que implicavam pagamentos de bilhões de dólares caso o governo tentasse recuperar o controle da empresa”. No geral, o inverso é caro tanto política quanto financeiramente, de acordo com Tiglia. Para confirmar as informações mencionadas acima, você pode conferir a reportagem produzida pela equipe de jornalismo do UOL, dia 31/10, clicando aqui.

O novo governo eleito representa algum risco para o setor elétrico? Confira
O novo governo eleito representa algum risco para o setor elétrico? Confira – UOL

Por fim, podemos perceber que pelo histórico o novo governo tem pouca intervenção no setor elétrico, isso possibilita maior tranquilidade para quem investe no setor. Portanto, conhecer as atitudes de novos governos é uma tarefa necessária a todo investidor a fim de proteger seu patrimônio de oscilações desnecessárias. Por ora, se você gostou deste conteúdo preparado pelo site Diário Superpix, deixe seu comentário para que possamos nos interagir. Em suma, é isso! até a próxima!

Saulo Teixeira

Contador pela PUC-MG e Especialista em Finanças Corporativas e Controladoria pela UFMG, escreve sobre o mundo dos investimentos e mercado de capitais desde 2016, mineiro de Belo Horizonte, é estudante ativo de marketing digital e motivado por produzir conteúdo em sites, blogs e redes sociais que agregue valor na vida das pessoas. Já escreveu sobre temas de Finanças para as colunas do site Tecnonotícias, Folha Go, Humor do Mercado e Valor Diário.

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