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O segredo para folhas radiantes: desvende a clorose férrica e aprenda a nutrir suas plantas

Nutrientes em falta causam doenças das plantinhas

Belo Horizonte, 22 de maio de 2023, por Andréia Eliza de Souza – Se você não tem o costume de lidar ativamente com as plantas, talvez a clorose férrica soe estranho. Mas, não se preocupe, pois explicaremos o que é de forma simples para que todos entendam. Em informações gerais, clorose é o amarelamento das folhas causado pela falta de ferro.

Se você é um amante das verdinhas, esse assunto talvez nem seja novidade, mas mesmo assim, temos dicas ótimas para que isso não ocorra. Então, especialmente quem tem espécies acidófilas em casa, deve ficar atento aos sinais que elas dão e o que pode ser feito para evitar ou remediar.

Sintomas da clorose férrica

A falta de micronutrientes nunca passará despercebida, pois a planta se manifestará logo de cara. No caso do ferro, os primeiros e principais sintomas aparecerão em folhagens jovens, que perderão a intensidade da cor. O verde fica gradualmente amarelo e a folha fica caída.

Esse sinal típico servirá para diferenciar o problema de outros minerais. Por exemplo, com nitrogênio, aconteceria primeiramente nas folhas velhas.

Os sintomas mais semelhantes são os causados ​​pela falta de magnésio e também pela falta de manganês. No entanto, no magnésio, como no nitrogênio, eles apareceriam mais cedo nas folhas velhas.

Por que acontece essa deficiência de ferro?

A clorose férrica geralmente não é por causa da ausência real no solo, já que se necessita de quantidades mínimas. O motivo mais comum é que o ferro fica bloqueado e não é absorvido pelas raízes.

A causa costumeira de bloqueios de ferro é o pH inadequado, no caso, muito alto. Se o pH básico estiver acima de 7, a planta certamente será afetada, já que o ferro não conseguirá se dissolver na água. Então, o Diário SP recomenda se preocupar em manter um pH neutro, entre 6,5 a 7.

Plantas acidófilas

Para plantas acidófilas o que acabamos de citar não deve ser considerado, uma vez que elas preferem pH baixo. Nos cultivos de hortênsias, bem como azáleas ou camélias, ele deve estar entre 4,5 a 6 para não ter clorose férrica.

Cítricos, ao contrário, gostam de solo ácido. Laranjeiras, limoeiros ou os pés de mexericas saudáveis precisam de substrato com pH de 6,5. Mas, como saber o pH do substrato? Existem tiras de testes compradas em lojas de jardinagem que indicam exatamente como anda a acidez da terra das suas plantinhas.

Como resolver a clorose férrica

Com sorte, identificando os sintomas e agindo rápido, nada de mais grave acontecerá. Então, veja como combater esse problema e ter plantas sempre saudáveis.

O segredo para folhas radiantes: desvende a clorose férrica e aprenda a nutrir suas plantas
O segredo para folhas radiantes: desvende a clorose férrica e aprenda a nutrir suas plantas – Canva

Quelato de ferro

Nessa situação, fertilizantes usuais não funcionarão, uma vez que a intenção não é fornecer mais ferro. Se o substrato for alcalino, esse mineral continuará não chegando à espécie. Use, então, quelato de ferro, como emergência.

A aplicação pode ser feita de diversas formas, por exemplo, borrifando diretamente em todas as folhas, diluindo na água da rega. Há também os grânulos que se espalham no substrato. Assim, é você quem decidirá o que usar, seguindo as instruções do fabricante.

Você verá que, se as folhas não estiverem muito danificadas, a recuperação da planta se dará em pouco tempo. Em alguns casos, em até 24 horas é possível identificar melhora.

Troque o substrato

Após a ação emergencial, cuide para trocar o substrato. A planta merece um suporte adequado que atenda à todas as suas necessidades. Para espécies em vasos, solo de castanheiro ou urze será ideal, principalmente para as plantas acidófilas.

Para jardim, colocar um pouco de turfa muito ácida até o pH ficar desejável é uma boa ideia. Isso também é possível colocando cobertura morta ou mesmo matéria orgânica, enxofre ou sulfato de ferro.

Andreia Eliz

Andréia Eliza de Souza tem o curso técnico em enfermagem e cursa gestão hospitalar. Deixou a atuação ativa na área da saúde para se dedicar à redação de artigos publicitários e jornalísticos, usando um pouco de sua experiência nos assuntos que aborda. Amante de livros, artes e culinária, se dedica, não só ao universo político, feminino, notícias locais e culturais, como também à literatura em geral. Trabalhou por anos no auxílio da enfermagem em hospitais e clínicas médicas em diversas áreas especializadas, adquirindo sólida experiência. Buscando novas oportunidades de ampliar seus conhecimentos, transformou um trabalho ativo em fonte de pesquisa para redigir muitas das matérias que hoje publica. Por conta do trabalho de redatora, acabou, aos poucos, com as árduas pesquisas de fontes, se dotando de múltiplas experiências e conhecimentos em finanças, mundo automobilístico, rural, do entretenimento, entre muitas outras coisas. Escreveu sobre frases motivacionais e tatuagens no Diário Prime. Escreveu notícias locais para o site TecnoNotícias. Escreveu sobre temas relacionados à saúde para o Revista Saúde e Bem Estar e para o SaúdeLab. Escreveu também para colunas Finanças, WebNews e Cidades do Folha Go. Além disso, faz revisões de matérias de diversos nichos.

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